Os filmes de Clint Eastwood são absolutamente sublimes. Gran Torino,  Cartas de Iwo Jima, Flags of Our Fathers, Million Dollar Baby, Mystic River, Blood Work, The Bridges of Madison County, são filmes inesquecíveis, repletos de simplicidade e pureza. Batem forte e fundo em todos aqueles que os visionam.  

Invictus não foge à regra, conta a história de Nelson Mandela (Morgan Freeman), e de como este viu, de forma magnânime, a oportunidade de unir a nação através do desporto Nacional da Africa do Sul, o râguebi. Os Springboks, nome da selecção sul-africana de râguebi era também o símbolo desportivo do regime do Apartheid. Nelson Mandela, preso político durante mais de 30 anos, enclausurado pelo regime segregacionista, numa cela com pouco mais de 2mx2m e recém-eleito presidente, teve como só os homens visionários têm, a capacidade de compreender que o perdão era único caminho para pacificação e unificação de um povo. Suportou a sua estratégia na galvanização emocional que só o desporto proporciona. A realização da Taça do Mundo de Râguebi foi o pretexto ideal e unindo forças com o capitão da equipa de râguebi, Francois Pienaar (Matt Damon), transformou uma equipa desmoralizada numa campeã.

O desporto tem esta capacidade única… unir, mesmo aquilo que parece impossível aos nossos olhos.

Por  Nuno Cabanas

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