Apeteceu-me escrever… Signo, Sinal, Sinais dos tempos.

Sinais que se reflectem muito além,

                 que nos atiçam a  busca de nós mesmos nos outros…

                 Que se vertem em todo o sentido da nossa existência.

Sinais… que nos denunciam, trilhos agora feitos caminhos que se vão vertendo em autênticos horizontes,

Estes, que agora me levaram até aqui.

Vejo este mar tão difuso neste seu intenso vai e vem descontinuado que se desembrulha na areia , nesse ritual repetido de tantos e tantos outroras…

Sinto a força bruta desta brisa fria dum bóreas agreste que me fustiga todos os sentidos…

 Vai entrando sem mesmo pedir e na sua peregrinação alucinada desarranja em mim toda a possível ordem estabelecida…  Vibro, estremeço, acordo dessa letargia de semi Sonâmbulo  que continua  à procura de qualquer sinal.

Depois… leva-me os pensamentos num rodopiar estonteante e afinal nada se aproxima ou mesmo se afasta…

                        Fico… Estou…  sim! Quero ficar!

                                   E Se,

Esta mole imensa de tanta água me acolhesse,

Levando –me aos seus confins,

E, lá bem do fundo através da penumbra que ainda permite divisar pudesse olhar os céus,

E este meu rasgo ávido de alguma luz, pedisse que Ela também se escondesse ainda que por pouco em mim.

Esta doce ilusão que me leva a falar das coisas ,

Doce ilusão que vivias refugiada em mim,

E eu quase não sabia,

                         E …..      Quando dei por Ti fiz-te revelar pela força bruta de todo um

                                                     Crer.

                                                                                    N. Montenegro

Um comentário para “Apeteceu-me escrever… Signo, Sinal, Sinais dos tempos.”

  1. Crer…ás vezes é tão dificil…

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