Esta estrela dupla constituída por uma Gigante Vermelha (mais distante) e uma Anã Branca, que têm o mesmo tamanho aparente é, na realidade, o nosso Sol e o seu reflexo numa superfície escura.

Segue-se o relato:

Por vezes as réguas partem-se “acidentalmente” na aula de Educação Visual, quando os alunos, contrariando as indicações do professor, resolvem, por iniciativa própria e imbuídos do mais puro espírito científico, fazer testes à resistência dos materiais…

Fui ao lixo buscar os pedaços de uma dessas réguas e aproveitei o extremo que não tinha furo. Levei-o para casa, acertei o lado partido, para ficar paralelo à face das arestas intactas e pintei de preto (mesmo com tinta) a toda a face da régua que tem uma porção em bisel.

Preparei uma pequena tábua, na qual fiz um furo. Dobrei um arame em “L” (maiúsculo), enfiei o lado mais comprido do arame no furo da tábua, até o lado mais curto encostar. A seguir fiz uma pequena dobra no extremo do lado comprido e colei-o com fita adesiva à face pintada da régua. Isto permite rodar a régua para fazer pequenos ajustes na imagem refletida.

Coloquei a régua pintada em frente, perpendicularmente à objetiva e apontei a câmara para o Sol. Rodei a régua até obter o efeito pretendido.

A face não pintada funciona como espelho, mas a imagem refletida é mais escura devido à pintura negra na face oposta.

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José Maria Silva

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