A Minha, Ainda Muito Recente, Ida ao Teatro

2014-11-27_2254_-_jouer

Na última sexta-feira, dia 07 de novembro, eu, imbuída de uma alegre curiosidade, desloquei-me ao Auditório da Escola Secundária de Santa Maria, na Portela de Sintra, para ver teatro. E já não ia ao teatro há vários anos…

           A peça a que assisti tinha, logo à partida, uma particularidade: era toda ela representada por atores amadores, alunos do 3º ano do curso profissional de Artes do Espetáculo. E devo dizer, muito honestamente, que foram alunos que me surpreenderam muito e muito, e só pela positiva, ao longo de todo o espetáculo, com que nos presentearam. Foi, na minha opinião, um verdadeiro “show” de representação, de cor(es), de dança e coreografia(s) e de música. De música, pois então, que é sempre um ingrediente indispensável para criar ambiência e ambientes, emoções e estados de espírito, ou de alma. E, quanto a mim, conseguiu criar tudo isto na minha pessoa e arrisco aqui dizer que, certamente, este espetáculo, a que assistimos, conseguiu operar esse milagre da vida, de transformação (pena é que meramente temporária) das nossas vidas, num trago de pouco mais de uma hora (tempo aproximado da duração da peça), que nos levou (pelo menos, a mim levou…) a sentirmo-nos bem mais vivos e infinitamente deslumbrados, com um espetáculo tão rico em efeitos visuais e sonoros, que me/nos encheu o olho e a alma.

          Parabéns ao elenco (foram todos muito bem…), ao encenador e à escola, que “fabrica” e fornece uma “fornada” de alunos tão criativos, tão empenhados (vê-se que, por detrás do espectáculo final, está também muito trabalhinho, além de muito empenho, entusiasmo e dedicação).

          Sem dúvida, um espetáculo muito interessante, que mereceu a pena ir ver e, no meu caso, sair de casa de propósito (e eu não moro muito perto…), só para o ir ver. Dei (como se adivinha nas entrelinhas…) por muito bem empregue o meu tempo, enquanto lá estive a ver o espetáculo “Jouer”. E foi, de facto, um autêntico “jouer”, um jogo, que se estabeleceu entre as personagens e entre estas e o público, um jogo de interação, durante todo o tempo que estivemos ali. Quando, uma ou outra vez, olhei para trás, vi olhares de agrado e de deleite nos espetadores. Um brilhozinho nos olhos e um olhar encantado, que se encontra quase sempre apenas nas crianças, quando assistem a algo que as está a maravilhar…

           Pegando nas palavras da Diretora do nosso Agrupamento, que nos foram endereçadas via correio eletrónico “um convite, apenas. Para um bom momento.” e, depois, mais umas palavrinhas antes do início do espetáculo, em que a ideia central continuava a ser a mesma, eu acrescentaria que foi mais do que um bom momento. Foi uma deliciosa sobremesa para quem jantara antes e um ótimo aperitivo ou, mesmo, uma opípara ou lauta entrada (como se queira chamar…) para quem ainda o ia fazer…

           Fico, então, a aguardar que momentos aprazíveis e mágicos como este se repitam, continuando a fazer jus ao nome do nosso Agrupamento: “Agrupamento Monte da Lua”, ou, se se quiser, um Agrupamento, tendo a Lua, símbolo de magia, a iluminar o céu, bem lá no alto, e a servir de musa inspiradora, operando passes de mágica, que senti acontecer, ao longo do visionamento deste teatro “Jouer”.

 

 

Maria Cristina de Aguiar

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