Margarida Fonseca Santos

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Nascida em Lisboa, a 29 de Novembro de 1960, tirou o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional, tendo como objectivo ser professora de Formação Musical no ensino vocacional e deu aulas no Conservatório Nacional, no Instituto Gregoriano de Lisboa, sendo professora de Pedagogia na Escola Superior de Música de Lisboa entre 1990 e 2005.
Começou a escrever em 1993 e a paixão da escrita deu um novo rumo à sua vida, levando ao abandono do ensino da música.
Tem vários livros publicados, na sua grande maioria para crianças e jovens, muitos deles incluídos no Plano Nacional de Leitura, e escreve com regularidade para teatro, com destaque para as peças “Sobre Matemática”, “O Navio dos Rebeldes” e “A Filha Rebelde”.
Assina, com Maria João Lopo de Carvalho, a coleção juvenil “7 irmãos”; com Maria Teresa Maia Gonzalez, “As Aventuras de Colombo”; com Rita Vilela e Teresa Maia Gonzalez, a coleção «Fábulas a Três Mãos» Orienta ateliers de escrita para crianças, adultos e professores (Escrita Criativa, Escrever teatro para Crianças e Jovens, e Escrever para Crianças e Jovens). Escreveu, em coautoria com Elsa Serra, o manual de escrita criativa “Quero ser escritor!”, publicando, em abril de 2013, o livro, também de escrita criativa, “Escrita em Dia”.
Dos romances publicados destacam-se “Uma Pedra sobre o Rio”, “De Nome, Esperança”, “Deixa-me Entrar na tua Vida” , sendo “De Zero a Dez” o seu mais recente romance.
Orienta cursos sobre Escrever para Crianças na Escrita Criativa Online (vários cursos) e na Pós-Graduação em Livro Infantil (Universidade Católica Portuguesa).
Publica um conto mensal no Suplemento de Educação do Jornal de Letras.
É responsável pelo blogue “Histórias em 77 palavras”, com ilustrações de Francisca Torres.
A sua obra foi distinguida com vários prémios, a saber:
– Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, com “O Degrau de Cima”, em 1996;
– Prémio Revelação em Ficção APE / IPLB), com “Uma Pedra Sobre o Rio”, em 1996;
– Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes, com “O N.º 11”, em 2007/2008;
– Menção Honrosa no Prémio Literário Orlando Gonçalves, Almada, por “Fragmentos”, em 2013.

 

Consulte aqui a bibliografia.

 

Fiquei a ouvir o coração à espera de um tu

que era a imagem de ti que eu queria que fosses.

Esperei pelo sossego para esconder o frio

que só tu podias aquecer e que demoravas a acender.

Vi-te chegar diferente com brilho no lugar da distância,

com calor no lugar do tempo,

comigo enlaçada por dentro.

Entraste nas minhas memórias

transformando o que era meu em teu,

o que era verdade em diferente.

Encheste os meus dias sem pedir nada

até pedires um fim,

um fim que eu sempre adivinhei que fosse.

in, De Nome, Esperança

 

MJL

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