Em Geometria, Arco é uma porção da linha da circunferência. Mas há muitos outros arcos, alguns, como o de ginástica ou o do jogo tradicional, até têm a circunferência inteira.

Os acústicos, usados nos instrumentos de arco, quando têm curva é muito ligeira.

Também existem aqueles arcos que os alunos de EV desenham nas aulas, alguns dos quais têm mais do que um raio e, por vezes, um vértice. Como se a complicação não fosse já suficiente, alguns dos dispositivos modernos usados no tiro com arco, já se assemelham muito pouco a simples porções da linha de uma circunferência, como é o caso dos arcos compostos.

Mas os Arcos apresentados nesta imagem são mesmo partes das linhas das circunferências que delimitam cinco dos seis DVD aqui iluminados diretamente pelo Sol e fotografados com tubos de extensão.

O fenómeno que nos permite ver estas cores chama-se Dispersão, que podemos definir grosseiramente como refração sucessiva. Algo vagamente semelhante ao que acontece num prisma ótico, quando a luz o atravessa e muda duas vezes de ângulo. Tal como acontece no Arco-Íris, pois a luz muda duas vezes de ângulo, nas gotas de água, até ser devolvida à nossa visão com as cores separadas.

Os DVD são formados por várias camadas transparentes, com coeficientes de refração diferentes, que, cumulativamente, refletem a luz decompondo-a.

Seguem-se links com explicações sobre o assunto, mas atenção que a cor Anil (ou Índigo) é referida como fazendo parte do espetro, apesar de… para os cientistas “seis” serem suficientes, os poetas conseguirem ver lá sete cores. O Anil não é mais do que uma frequência entre o Azul e o Violeta. Conseguiríamos identificar mais cores, por exemplo, entre o Amarelo e o Azul se chamássemos àquela faixa: Abacate, Lima, Alface, Menta, Azeitona, Garrafa, Marinho e Floresta. Afinal as frequências encontram-se lá todas e apenas lhe chamamos Verde. É tudo uma questão de acuidade visual misturada com imaginação.

O primeiro link, apesar de “blogspot.pt”, é brasileiro:

http://fisicapracurtir.blogspot.pt/2013/02/pink-floyd-newton-dispersao-da-luz-e-o.html

O segundo, igualmente das terras de Vera Cruz, é do “Manual do Mundo”, que conhecemos desde o “Como Se Fez-17: Fruta Fogosa” publicado a 16 de setembro de 2014. A Difração, que o jornalista Iberê Thenório refere, não é a Dispersão que originou a fotografia deste artigo. Na primeira, a luz atravessa o DVD e na segunda é apenas refletida e decomposta.

http://www.manualdomundo.com.br/2013/12/como-fazer-arco-iris-caseiro-com-dvd/

José Maria Silva

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