Como Se Fez – 39: P-38 M

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Trata-se de um Lockeed P-38 M “Night Lightning”, caça noturno convertido a partir do P-38 L, equipado com radar (colocado à frente) e respetivo operador instalado atrás do piloto.

O modelo inicial do P-38 surgiu em 1939, entrou em serviço operacional em agosto de 1943 e as últimas versões estiveram ativas até 1949. O P-38 M ficou concluído e pronto para a ação já muito próximo do final da guerra e praticamente não chegou a entrar em combate. Na imagem está um destes aparelhos, em 1945, supostamente ainda nos Estados Unidos, antes de ser expedido para uma base americana no Pacífico, onde ficou em serviço até depois do fim da guerra.

Segue-se um link sobre este aparelho e variantes:

http://p38assn.org/variations-nightfighter.htm

A seguir um link da Fine Scale Modeler, onde estão várias imagens de um modelo à escala 1/48, como o que se vê no início deste artigo:

http://cs.finescale.com/fsm/modeling_subjects/f/2/t/150087.aspx

O automóvel visível na imagem, que até parece da época do avião é, provavelmente, uma incongruência, pois trata-se de um Morgan, marca inglesa existente desde 1910 e que começou por produzir veículos com 3 rodas, tendo, só a partir de 1936, iniciado a produção do modelo com quatro rodas. Dificilmente existiria um carro destes nos Estados Unidos em 1945, mas a cena, como é uma fantasia, pode ser posterior à guerra e o avião pertencer a um colecionador particular. Também é possível interpretar esta imagem apenas como uma ligeira incorreção, semelhante a algumas que vemos em filmes e das quais só os entendidos se apercebem.

Para os interessados, o link da Morgan Motor Company:

https://www.morgan-motor.co.uk/

Sobre a fotografia, trata-se de uma Macro com teleobjetiva curta (135 mm) equipada com um tubo de extensão. Esta configuração permite uma focagem a uma distância menor que a normal, mas deixa de ser possível focar para o infinito real, independentemente da abertura usada, daí as edificações desfocadas, que, com uma objetiva normal, ainda ficariam mais desfocadas. As teleobjetivas quando usados em macrofotografia, permitem uma profundidade de campo superior à das objetivas normais, embora a ampliação seja menor, nesta situação o anel de focagem estava mesmo na posição de infinito, embora o avião estivesse a cerca de 70 cm da objetiva. Convém recordar que os tubos de extensão são para Macro, portanto para fotografar muito próximo e não para o infinito, e que, em Macro, normalmente a abertura usada é a menor possível, neste caso f/22.

As miniaturas estão colocadas sobre um cartão grosso apoiado no parapeito da janela, vendo-se ao fundo uma parte da segunda imagem do Como Se Fez 32 – “Inundação”, assinalada no fundo deste artigo, onde se podem ver os dois terços superiores da referida fotografia.

Mesmo tratando-se de uma cena historicamente improvável, fica e explicação da técnica.

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José Maria Silva

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