M.A.S.M.O. – Peça de Janeiro

 


 

Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas

Monumento funerário de Marcus Valerius Gallio

 

Monumento funerário romano proveniente de São Miguel de Odrinhas, Sintra. É um cipo prismático, datável dos inícios do séc. II d. C., que originalmente seria composto por quatro elementos: base, fuste, imposta e capeamento. Encontra-se actualmente em exposição na sala Basilica Romana do Museu. Uma das respectivas peças é uma reconstituição, sendo as outras originais. Estas possivelmente terão de facto integrado o mesmo monumento, não apenas devido à compatibilidade de dimensões mas também por serem todas provenientes da velha ermida de São Miguel de Odrinhas – onde se encontravam reutilizadas como material de construção –, de cujas paredes foram retiradas em 1955. Tem a seguinte inscrição:

 

D(iis) . M(anibus) / M(arci) . VALERI(i) . M(arci) . F(ilii) / GAL(eria tribu) . GALLIONIS / AN(norum) . XXX . III / LICINIA MAXVMA / MATER . F(aciendum) . C(urauit) //

Tradução: “Aos deuses Manes de Marcus Valerius Gallio, filho de Marcus, (inscrito) na (tribo) Galeria, de 33 anos de idade. Licinia Maxuma, a mãe, mandou fazer (este monumento).”

 

O nome do defunto, tal como o da sua mãe, é indicativo de plena romanidade, explicitando-se a sua condição de cidadão romano. Gallio é, todavia, um cognomen que, na sua origem, remete para a região da Gália, e mesmo o seu sufixo é elemento onomástico comum nas regiões célticas. Falecido com 33 anos, a mãe, que lhe sobreviveu, prestou homenagem ao filho com esta monumental sepultura.

 

Marta Ribeiro

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