Lisboa (re)visitada

Outra vez te revejo – Lisboa e Tejo e tudo…

Lisbon Revisited (1926)

Álvaro de Campos

No passado dia 16 de fevereiro, movidos pela curiosidade e pela sede de aprender, os alunos dos sextos B e D da EBI de Colares visitaram o Lisbon Story Center, na Praça do Comércio, e percorreram várias ruas da Baixa pombalina, acompanhados pelas professoras Olinda Jarra, Catarina Ramos, Maria Inês Ferreira, Fernanda Lobo e Carla Pereira.

Esta visita de estudo visou consolidar conhecimentos curriculares sobre diversos acontecimentos históricos e locais emblemáticos da capital, que foram estudados nas aulas de HGP. No domínio de EV e ET, proporcionou aos jovens a possibilidade de comparar o traçado ortogonal das ruas da Baixa com a sinuosidade das vielas medievais de Alfama, bem como observar volumetrias, materiais de construção e curiosos pormenores arquitetónicos, como a “gaiola pombalina”, magnífico exemplo de engenho na construção antissísmica, ou a curiosa e enigmática fachada da Casa dos Bicos. Na área das Ciências Naturais, permitiu aos alunos descobrir indícios sobre o contexto e a evolução geológica da região lisboeta, através da observação das diversas rochas empregues na construção dos edifícios e na pavimentação das ruas. Houve até tempo para descobrir fósseis marinhos, do tempo dos dinossáurios, incrustados no calcário de liós de muitas colunas e lajes!

A atividade principiou com a visita interativa ao Lisbon Story Center, onde os alunos recordaram os vários povos que se fixaram em Lisboa e as alterações que a urbe foi sofrendo ao longo dos tempos, até à profunda mudança arquitetónica introduzida pelo Marquês de Pombal, na sequência do Grande Terramoto de 1 de novembro de 1755. A visita terminou com uma experiência imersiva, simulando os sucessivos momentos desse fatídico acontecimento: o tremor de terra, o grande incêndio e o tsunami.

Após a visita, as turmas foram conhecer in loco a Casa dos Bicos, a fachada da Igreja da Conceição Velha, erigida no local onde outrora existiu a Sinagoga judaica, o Arco da Rua Augusta, os edifícios da Baixa pombalina, as ruas largas e retilíneas que foram construídas após o terramoto, a Praça do Comércio e o local onde  se deu o Regicídio de D. Carlos I e do príncipe herdeiro. Durante a pausa para o almoço, houve ainda tempo para admirar a construção da estação fluvial Sudeste do Terreiro do Paço, com os seus painéis de azulejo que recordam as estações da linha férrea do sul.

Ao longo do itinerário, os participantes puderam apreciar a beleza da cidade de Lisboa, que conjuga a paisagem natural do rio Tejo com a paisagem edificada pelo ser humano, ao longo dos séculos, repleta de pontos de interesse histórico e artístico.

Carla Pereira e Fernanda Lobo,
docentes dos grupos de HGP e CN

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