Como Se Fez – 41: Splash

Tal como para a primeira série do Como Se Fez, estes artigos são escritos partindo do princípio de que os leitores têm conhecimentos elementares sobre Fotografia. Caso não os possuam ou já não os recordem, recomendamos a leitura dos 40 artigos anteriores, que estão disponíveis no grupo das Categorias (coluna da esquerda nesta página) ou escrevendo “Como Se Fez” na caixa de pesquisa abaixo das letras “eia” do nome deste jornal. Todos têm uma forte componente didática. Convém começar pelo primeiro: Luz Solar.

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Este Splash foi provocado por um pedaço de maçã largado para dentro de um cálice com leite. A Fluidez e a Viscosidade não são iguais em todos os líquidos: Água, Café, Azeite e outros, produzem efeitos interessantes em situações idênticas, mas captá-los sem utilização de flash ou iluminação de estúdio, é sempre uma lotaria e muitas vezes sai-nos a cautela sem prémio.

Nesta imagem, o fundo é uma cartolina preta, que não pode ficar iluminada (advertência já feita na 1ª Série do Como se Fez). O cálice tem 5 centímetros de diâmetro e fica colocado dentro de um tabuleiro, que irá conter o líquido entornado, que (em repouso) não deve ficar a menos de 1 centímetro do rebordo. O copo tem de ficar iluminado diretamente pela luz solar.

Os pedaços de maçã (ou qualquer outro fruto) cortam-se entretanto, podendo ficar com tamanhos diferentes, mas (como é evidente) nunca maiores que a boca do copo.

Câmara no tripé, Velocidade regulada para 1/2000 (isto é, meio milésimo de segundo) e a Abertura terá de ser relativamente pequena, para garantir profundidade de campo numa imagem captada a um palmo da objetiva. Provavelmente será necessário ajustar a Sensibilidade, que neste caso foi de ISO 1000 para a primeira imagem e de 800 para a segunda.

É evidente que, quanto maior a sensibilidade, mais ruído tem a imagem, mas não se pode ter tudo.

Depois de focar cuidadosamente, a câmara foi colocada a disparar em rajada, neste caso 7 fps (fotogramas por segundo), ficando o disparador numa mão, enquanto a outra vai largando os pedaços de fruta. Aqui teria dado jeito um Assistente de Produção, mas estava indisponível.

No fim, tudo foi aproveitado, excluindo as poucas gotas de leite que ficaram no tabuleiro.

O exemplo abaixo é um berlinde grande (abafador) largado para dentro de mesmo cálice, que tinha detergente para a loiça. Foi tudo reaproveitado.

Tal com referido no “CSF 38 – Pena”, para ver qualquer destas imagens num tamanho maior, usa-se o Menu de Contexto (botão direito do rato) no Google Chrome e escolhe-se a opção: Abrir num Separador Novo.

Conclusão: Podem ser gotas do próprio líquido a pingar para o recipiente, mas quanto maior for o que lá cai, mais interessante é o efeito.

Hiperligação para um exemplo de um fotógrafo profissional brasileiro, onde está um pequeno filme que vale a pena ver:

https://www.fotografia-dg.com/dicas-stills-alta-velocidade-splashes/

JML

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