Prémio Nobel da Paz 2009
A adivinha sobejamente conhecida, “o que é que antes de ser já o era”, tem a partir de hoje uma resposta conclusiva: Barack Obama. De facto, a atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2009, ao Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, é a constatação de que, a Comissão Nobel, distinguiu, não quem fez algo pela Paz, mas quem a comissão acha que poderá fazer. Uma ousadia que transporta o distinção do Nobel da Paz para uma dimensão quase exclusivamente política.
Barack Obama arrasta consigo a esperança de um mundo melhor. Tem promovido e dado passos importantes para a redução das armas de destruição massiva. Tem assumido que respeitará os compromissos internacionais relacionados com o meio ambiente. Tem revelado um diálogo profícuo com as restantes nações, revalorizando a importância da ONU. Tem adoptado medidas de pacificação e reconhecido erros graves da administração Americana. Tudo isto são sinais positivos que devolvem, legitimamente, uma nova esperança ao Mundo.
Barack Obama tem revelado ser um homem bem preparado. Falta no entanto saber se terá a força e o poder para concretizar os seus, nossos, maiores desejos. A decisão sobre o Nobel da Paz é o culminar deste quase endeusamento Internacional. Os ombros de um homem por mais amplos que sejam não são suficientes para suportar todos os destinos do Mundo. Não deixa de ser demasiado perigoso e permite que muitos outros se alheiem desta enorme responsabilidade. Quanto maiores são as expectativas maiores as desilusões. E muitos dos que hoje apoiam, não deixarão de ser os primeiros a lançar as primeiras farpas. A questão do Iraque, da Palestina, a gestão do conflito no Afeganistão e na Correia do Norte e ainda o relacionamento com o Irão. Estes serão os principais problemas que o mundo enfrenta e que não deixarão de servir para avaliar o desempenho de Obama. Sou daqueles que considera que TODOS SOMOS POUCOS PARA DEVOLVER A PAZ AO MUNDO. FAÇAMOS O QUE ESTÁ AO NOSSO ALCANCE.
Por Nuno Cabanas
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