Se Pudesse…

Se pudesse transformava-me numa estrela.

 Para dar mais brilho àquela lua

 Que ela alumiasse nas noites mais escuras..

Se pudesse transformava-me num sol para que nunca houvesse frio.

                    Se eu pudesse,

      Era o vadio que Te roubava os pensamentos.

 O eterno peregrino que em ti desvendava todo e qualquer Horizonte.

  Transformava-os em espaços imensos.

Mas nada disso sou… ou posso ser

Nem sol, nem vadio, nem peregrino,

Apenas sou aquilo que os olhos dos outros vêem

                                  Por isso,

     Não posso impedir de entristecer e que na teimosia de se desprender verta mais  uma lágrima..

 Apenas posso ficar para que não role ao acaso.

                                Para depois apanhando-a.                                 

 à força de muito imaginar, atear um fogo que jamais virará em cinza ou em nada.

                                           E….

                       se por acaso

  Certo dia o vento virar de muito zangado e as levar consigo,

Há-de voltar a trazê-las, espalhando-as em desalinho  na imensidão de toda uma  Vontade agora feita Verdade…

Por   N. Montenegro

Classificado em: Apeteceu-me escrever...