Algumas das razões pedagógicas do Pólo Educativo

 Há pouco mais de cinco anos, a escola EB 2.3 de Colares tinha a infra-estrutura escolar mais degradada do Concelho de Sintra e o cenário nas condições de funcionamento nas restantes escolas da freguesia era, também, altamente deficitário. Os resultados escolares dos nossos alunos, ao nível dos exames Nacionais de 9ºano, eram profundamente desoladores estando manifestamente abaixo da média Nacional. De lá para cá, muita água correu debaixo ponte e, hoje, o cenário é manifestamente diferente. Nas provas de aferição de 6º ano e nos resultados do 9ºano, os nossos alunos apresentam, actualmente, resultados que nos colocam, claramente, acima da média Nacional e do Concelho. Ao nível do 1º ciclo, ao invés, os resultados das provas de aferição de 4ºano, constata-se, no quadro abaixo, que, embora as condições existentes no 1º ciclo tenham melhorado ao nível das infra-estruturas e nas condições de funcionamento, os resultados são ainda, desoladores. São múltiplas as razões que justificam estas duas diferentes evoluções, mas, a existência de turmas com dois anos de escolaridade, o funcionamento de turmas com horários duplos e a dificuldade tremenda de promover o trabalho colaborativo entre os professores, pela dispersão geográfica existente e principalmente pela dificuldade de conseguirem reunir, por anos de escolaridade e em grupo, em horários mais adequados (hoje em dia, as reuniões de trabalho dos professores do 1º ciclo realizam-se das 19:00 às 22:00), são claramente, factores que têm um peso muito significativo. A construção de um pólo de 1º ciclo obviará a muitos destes problemas. Deixarão de existir turmas com mais do que um ano de escolaridade, todas as turmas funcionarão em horário normal (das 9:00 às 17:30), e as condições para a existência de um trabalho colaborativo entre professores do 1º ciclo e em parceria com o 2º e 3º ciclo estará claramente incrementada. Estas são algumas das razões pedagógicas que nos permitem defender de forma fundamentada e sustentada a existência do pólo educativo. A única razão que nos move neste processo é a melhoria do serviço educativo a prestar aos nossos alunos e, nesse particular, assiste-nos algum crédito.

Por  Nuno Cabanas (Director do Agrupamento)

12 comentários para “Algumas das razões pedagógicas do Pólo Educativo”

  1. Exª Srª a Srª fala assim da tribuna porque a Srª não é uma das docentes que vai saltar.
    “venha o pólo educativo para….. ….” muito bem 100% de acordo volto eu a dizer , MAS EM OUTRO LADO, porque volto a dizer que aqui não em discussão não é a PEDAGOGIA, É A LOCALIZAÇÃO, é OS ACESSOS,é A SEGURANÇA, e também alguns “rabos de palha”, porque se não prontificavam-se a dar os esclarecimentos que os pais pedem por direito, porque e dos seus filhos que se está a tratar.
    por isso volto a dizer que NÂO NOS TENTEM MANDAR AREIA PARA OS OLHOS, e sejamos responsáveis e justos, e não queremos tirar os
    ” ÒCOLOS DE CORTIÇA “, que ao que parece alguns teimam em manter.

    As pessoas que pedem para serem ouvidas não são um bando de arruaceiros estéreis, são si pais com direitos a manifestarem-se e que a causa e os seus filhos, PORQUE ´SO QUEM NÃO OS TEM nesse local é que pode ter pouca sensibilidade para esta situação

  2. Não será necessário um estudo científico para se concluir que nenhuma pessoa/criança tem capacidade de concentração durante duas horas/duas horas e trinta (8:00h às 10:00h) e das (10:30h às 13:00h).
    Como docente com prática pedagógica em horários duplos e horários normais, afirmo com toda a convicção e conhecimento de causa que os horários duplos não são produtivos, às 8.00h as crianças chegam com sono, das 12.00 às 13:00 as crianças têm fome.
    Por mais competente que seja o professor ou por mais imaginativa que seja actividade proposta, não HÁ PEDAGOGIA QUE RESISTA a um horário de trabalho destes.
    Venha o pólo educativo para acabarmos com os horários duplos…
    HORÁRIOS DUPLOS SÃO INACEITÁVEIS.

  3. Eu ainda quero respostas. Porquê a meio do ano? Essa é a minha pergunta principal. Vai perturbar a grande maioria dos alunos, e também porque agora começam os balões de água, e não pensem que não vou deixar de atirar ao cimento das obras (pois não concordo absolutamente nada com isto).

  4. 1- Parte pedagógica. As opiniões ainda hoje divergem sobre as vantagens/desvantagens do horário duplo ou normal. Não há nada que prove que um aluno que estude das 8h00 às 13h00 tenha piores resultados daquele que estuda das 9h00 às 15h30. Depois será também necessário esclarecer as pessoas de que o Pólo não será para todos. Continuarão a existir a escola de Galamares e Mucifal com 1º ciclo. Pergunto quem serão os felizardos a poder estudar no sec. XXI e os que ficarão para tràs. Será feito um sorteio?
    Quanto às acessibilidades, espaços comuns, transportes escolares etc, penso que é legítimo os pais actuais e futuros saberem exactamente com o que podem contar. Mas estranhamente a Câmara recusa publicamente prestar os esclarecimentos necessários. O que não deixa de ser estranho, pois se houvesse respostas e elas fossem boas para a população, seriam os primeiros a promover com toda a pompa uma qualquer cerimónia pública. Os pais não são arruaceiros nem promovem arruaças, têm é o legítimo direito à informação. Os Sr(s) professores quando não concordam com as decisões da Srª Ministra também protestam na rua ou não?

  5. Para os alunos inscritos haverá transporte, e para os alunos a inscrever? E por quanto tempo? Certamente enquanto forem disponibilizadas verbas pela CMS, depois vão a pé, desde Almoçageme, Colares, Azenhas do Mar ou Mucifal. Se não tiverem possibilidades de se deslocarem de carro, terão de acordar ainda mais cedo e caminhar à chuva, ao frio, ao vento ou ao calor.
    Será o futuro…

  6. Sr.ª D. Rita Afonso, a construção conjunta não foi possível, não que não tenha sido solicitada pela Direcção, mas porque nesta altura não foi possível articular a intervenção da DRELVT e da Câmara Municipal de Sintra. As questões de segurança são difíceis e todos os cuidados serão poucos mas, na anterior intervenção tudo foi mais problemático. Os actuais e anteriores recreios e espaços de recreio são e eram já do lado da estrada Nacional. Para resolver este assunto teríamos de ter resolvido, anteriormente a questão da herança do Dr. Brandão de Vasconcelos, o Ministério da Educação ficou com os piores terrenos e o Ministério da Agricultura ficou com os melhores. Vamos deixar de viver o presente, amarrados ao passado? Em relação ao atropelamento foram feitas várias diligências, é certo que ainda sem resultados práticos, mas avançou-se mais no último ano que nos restantes 20 anos. Vamos ter a felicidade de ver o problema dos acessos resolvidos, para isso é preciso dialogar e exigir, sem arruaças estéreis. Em relação aos transportes o que está previsto é que os alunos inscritos nas escolas que encerram têm direito ao transporte. Aqui está uma exigência e uma preocupação legítima e que deve ser colocada à CMS. Não há alunos burros mas é preciso criar uma organização promotora do rigor, da exigente, criativa, empenhada, motivada, que valorize o valor do trabalho e do esforço, sem isso nada feito, por maiores que sejam as capacidades dos alunos.

  7. Sr.ª D. Luísa Moscatel, no meu artigo falei de algumas das razões pedagógicas para a existência do Pólo não de todas. Não gosto de fugir às questões e evidentemente que todos gostaríamos de ter os melhores professores do Mundo mas isso não é possível. Mas, acredite porque é verdade, as dinâmicas organizacionais são promotoras do desenvolvimento profissional e pessoal e todos os desempenhos profissionais, beneficiariam de mais partilha e trabalho colaborativo entre professores. Esse é um dos pilares da melhoria dos resultados no 6º e 9ºano e consequentemente estas questões não são despicientes. Acha que os alunos com horários das 8:00 às 13:00 têm as mesmas condições de aprendizagens que os alunos que entram às 9:00 e saem às 15horas? Ou que as turmas com 2 anos de escolaridade têm as mesmas condições de aprendizagens das turmas com vários anos no mesmo grupo? O pólo irá permitir novas e mais eficientes formas de reforçar as competências dos professores.

  8. Por enquanto estamos bem onde estamos. Os alunos da primária sempre se sentiram bem e nunca tiveram dificuldades. Temos resultados razoáveis que nunca nos deixaram na miséria. E eu pergunto: PORQUÊ MUDAR?????????? Eu fui um aluno que passou por muitas obras escolares, como as do Mucifal e as da Sarrazola. A Sarrazola já tinha 20 anos de estabelecimentos e fizeram bem em construir uma nova. Foram bem planeadas: começaram no final do ano lectivo, e no fim do Verão tínhamos pelo menos o pavilhão principal. Depois, lá se construiu o pavilhão desportivo. Onde está a diferença entre estas duas obras? É que agora não se vai construir nada que se necessite. E que esta vai começar na pior altura do ano: no meio do 2º período. Como já disse, esta é a altura decisiva para muitos alunos. Qual é essa necessidade, essa sede de resultados melhores? As notas dos alunos já presentes na escola vão baixar, também, com estas obras, já que lhes vão retirar o espaço onde podem circular, comer, estudar e fazer o que bem lhes apetece.
    Para além disso, os alunos do 1º ciclo são apenas crianças. Não ponham-os no mesmo espaço que nós. Eles sentir-se-ão desprotegidos, baixando então as notas deles, também. Quais as vantagens? Nenhumas.
    Se o grande problema é o acesso, resolvam-no primeiro. Digam aos homens da construção para mexerem-se e construírem um acesso (nem que seja só um acesso pedonal) desde a estrada de baixo (aquela pequena, que vai desde o café do Moinho). Será uma obra mais apreciável e muito, mas mesmo muito mais útil.

  9. É verdade que existem certos factores que promovem a construção, mas porque a meio do ano? Os testes começam agora e pode ser o momento decisivo para muitos alunos. Existe um Verão inteiro à vossa espera. Podem pelo menos dar esse desconto?
    E há mais: existe um terreno com muitos, mas muitos hectares mesmo ao lado da escola. Se há dinheiro para demolir o que foi construído há dois anos, não há dinheiro para poder construir a escola mesmo ao lado? Esta escola é nossa e sofre já de bastantes problemas de acesso para os alunos. Não nos tirem o que é nosso desde há muitos anos (desde 1984, acho eu)!

  10. Realmente os alunos de Colares foram todos burros até ao nascimento do projecto do Pólo Escolar.

    Vamos novamente traçar alguns pontos importantes:

    1- A actual Escola esta situada abaixo da Estrada Nacional sendo que o espaço para recreio será criado ao lado da estrada, onde agora são os estacionamentos

    2 – Depois do atropelamento no ano passado foram prometidas algumas coisas que até hoje não aconteceram (houve mais um atropelamento na sexta-feira dia 04/02/2011) – os acessos são urgentes
    3- Numa escola com 300 alunos existem 9 funcionários se faltar 1 funcionário a escola pode fechar as 15.30h

    4- Neste momento temos alunos do Penedo a ir para a Escola em Galamares que têm direito a transporte mas os alunos do Penedo que andam na Escola em Colares não têm direito ao transporte apesar de o mesmo passar a porta da Escola, como será quando todos os alunos estiveram concentrados na mesma Escola, existem pais que não têm carro.

    Se queriam aumentar a nova Escola porque não fizeram as obras todas as mesmo tempo, porque continuam a ignorar a segurança dos alunos, porque tiraram os funcionarios para outros serviços públicos, se pelos vistos eram necessários?

  11. 100% de acordo.

    Mas em outro lugar, onde congregue todas as escolas do agrupamento,e a rede de transportes e de mobilidade dos pais seja de facil acesso e onde a qualidade ambiental e social (recreios,espaços de lazer de boa exposição termica), esteja ao NIVEL do que esta em sima exposto.

    Volto a pergunta: SERÁ QUE SOMOS CONTRA PORQUE NOS APETECE.

    NÃO SERÁ AINDA ALTURA DE DEIXAR DE OLHAR PARA O NOSSO UMBIGO I POR A MÃO NA CONCIÊNCIA, E ACEITAR QUE O QUE ESTA AQUI EM CAUSA É O LOCAL,E TUDO O QUE ELE ACARRETA, E NÃO O PEDAGOGICO.

    DEPOIS MAIS TARDE NÃO NOS DESCARTEMOS DAS RESPONSABILIDADES

  12. Boa tarde, provavelmente os resultados não dependem da logisitica mas da motivação/orientação dos professores do 1.º ciclo para com os alunos. O que com isto não queira dizer que não concorde com o polo, apenas não se pode alegar situações que nada tem em comum.

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