(Mini)Meia-Maratona de Lisboa – duas participações especiais

 

Dia 20 de Março, véspera do arranque da Primavera e um dia depois do Dia do Pai, realizou-se, a 21ª Meia – Maratona de Lisboa.

De entre os de 36.000 inscritos, destacamos dois ilustres Sportinguistas que abrilhantaram, e de que maneira, a edição deste ano. Fernando Cândido e Nuno Cabanas, em representação do Agrupamento de Escolas da Região de Colares.

A ambição era realizar a mini-maratona à frente de todos os que ficassem atrás de nós! Os recordes pessoais eram o sonho secreto e depois de uma serena viagem de comboio desde Cascais até ao Pragal, o início da prova foi algo atribulado. Uma multidão em delírio aproximou-se e perante a incapacidade das forças de segurança, exigiu uma sessão de autógrafos que atrasou um arranque veloz, conforme planeado.

Esta iniciativa espontânea comprometeu de forma séria a obtenção de prestações de grande nível, mas ainda havia tempo de recuperar. O ritmo inicial foi lançado em bases velozes e todas as lesmas e caracóis sucumbiram ao ritmo intenso imprimido, no entanto, fomos, pura e simplesmente impedidos por milhares de benfiquistas que intencionalmente, travaram a nossa passada triunfante. Não nos deixámos manietar e apostámos na reportagem jornalística, evitando problemas familiares e profissionais (a notícias tinha que dar entrada na redacção do Chão de Areia até às 23 horas e importava provar que estivemos presentes). A qualidade fotográfica é responsabilidade do Fernando e nela é visível a beleza da prova e a destreza técnica do artista. O tempo, implacável, corria e depois deste mau início, voámos ponte abaixo, ultrapassando, todos os ranchos folclóricos, os carrinhos de bebés e muitos outros grandes atletas de fim-de-semana. Na zona do abastecimento, 15 longos minutos após o tiro de partida (houve?), entre Alcântara Terra e Alcântara Mar, água e sumo. Uma desilusão, esperávamos umas chouriças e um leitão, mas enfim, a nossa missão era mais importante que estes desejos mundanos, era urgente acelerar. O ataque à marginal foi alucinante, dezenas e dezenas de mulheres e crianças eram ultrapassadas sem dó nem piedade e restavam 10.000 à nossa frente. Uma recuperação de sonho. Os últimos dois quilómetros foram feitos a sonhar com o “corneto de chocolate” que é fornecido no final da prova. Na recta final, ainda houve tempo para uma última demonstração de classe, uma ponta final digna do Olimpo. 100 segundos aos 10 metros!

O objectivo foi duplamente alcançado e ambos batemos recordes pessoais, os próximos projectos individuais são os Jogos Olímpicos do Fundão em 2012 para os quais estão programados planos de treino intensíssimos, que incluem mais de 3 sessões de 15 minutos.

Nada se alcança sem esforço! Muito esforço.    

Por   Nuno Cabanas (texto) e Fernando Cândido (imagens)

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