Senhor Abílio
Sabemos como a morte pode servir como amplificador para a nossa má consciência. Pode quem partiu ser um ser humano péssimo que parece que o facto de não estar já entre os vivos nos acusa por não termos sido indulgentes ou, simplesmente, mais atentos e isso faz com que, redimindo-nos, passemos a homenagear quem partiu com os maiores elogios onde antes havia críticas, com suavidade onde antes havia acusação sem desculpa.
Foi, com certeza, um homem que deveria ter merecido outra atenção e outro respeito. E lamento-nos por isso.
Não vou fazer o elogio público e posterior do Sr. Abílio. Vou dizer apenas o que sei: era um homem inteligente e profissionalmente competente, no tempo em que era o braço direito e também o esquerdo do SASE e dos Seviços Administrativos. A escola ficou a dever-lhe muito. Infelizmente, a solidão, o mal estar para com um mundo estúpido, preconceituoso e injusto, feriram de morte a sua sensibilidade. O álcool foi a cortina atrás da qual se escondeu uma humanidade que ultrapassava a mediania pobre em que vamos procurando algum oxigénio.
A morte, às vezes, pode ser libertadora?
Se assim for, oxalá encontre a paz que merecia.
Isabel Marques
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Grande Homem,grande amigo e acima de tudo grande conselheiro….muito obrigado por tudo….
Grande portista 🙂
Permanecerá sem dúvida no coração de todos os que o conheceram…..
Descanse em paz….
Já tenho 30 anos e lembro-me perfeitamente do sr. Abilio rezingão que nos dava um ralhete se perdiamos a senha do passe ou se nos atrasávamos a ir buscá-la. Mas sempre muito amigo. Uma coisa é certa,com alcool ou sem ele, era profissional e ao contrário de muitos, ele gostava do que fazia.Nao somos nada nem ninguém para julgar os outros. A vida nem sempre é como gostaríamos que fosse. Que descanse em PAZ.
Obrigada pela sua amizade.
Onde quer que esteja, por certo estará bem melhor .
Descanse em paz amigo e que o azul perdure sempre aqui e além.
Obrigado Sr.Abílio por ter sido sempre meu amigo.Vou sentir muito a sua falta.Um grande abraço do seu amigo que nunca o esquecerá. Que o céu esteja para si sempre de cor azul .
Existem algumas pessoas que a sua vida tem um percurso de solidão e muitas vezes de alguma pobreza humana.Para muitos, só a aparência conta em vez do verdadeiro valor e carácter da pessoa. Mesmo com todos os “problemas” que tinha, o Sr. Abílio nunca deixou de ter um cuidado incansável por todos os alunos que frequentaram a Escola da Sarrazola durante todos os anos que ele lá trabalhou e onde deixou muitas vezes, mesmo sendo incompreendido o seu coração , fazendo dele um Ser de Excepção. Um bem haja AMIGO.
Não existem pessoas perfeitas,e todos temos os nossos defeitos.
Do Sr. Abilio posso dizer apenas que não tenho razão de queixa dele, nem de quando eu andava na Sarrazola, nem nestes últimos anos com a minha filha.
Pelo contrário,sempre ajudou a minha filha com o que ela precisava, e tratava-a quase como neta, grandes conversas tivemos enquanto não tocava para a saída, vou ter saudades disso.
Ainda há pouco tempo, na altura das matrículas, foi ele quem me ajudou, a enviar emails com os documentos que faltavam.
Espero que agora esteja em paz e que continue a olhar pelos nossos meninos
Lidei com o Sr. Abílio durante 4 anos sempre foi uma pessoa impecável sem papas na lingua e uma das pessoas que mais falta vou sentir neste ano letivo que vai começar. Espero que ele esteja em paz as minhas condolências à sua familia e amigos.
Saudades de quem sempre tratou os meus filhos com carinho e educação, na boleia que lhe dei da Praia das Maçãs para o Banzão, falou animadamente com os meus filhos sobre a escola, contou-nos que ia ser operado e ainda nos transmitiu a sua preocupação com o seu trabalho, pois não sabia onde ia ser colocado a trabalhar, se em Colares ou em Sintra. Vamos sentir a sua falta….. 🙁
Educado…
Assim é como me recordo do Sr. Abílio… educado, sempre educado.
E independente das suas condições fisicas e sociais, a sempre existência de um bom dia ou de uma boa tarde pautava.
Vou sentir saudades de uma figura humana à qual me habituei ao longo destes muitos anos de convivência na Várzea de Colares.
🙂
Nos últimos tempos tive a oportunidade de falar um pouco mais com o sr Abílio. De facto notava-se que era uma pessoa muito inteligente mas com muita amargura pela vida. A solidão apoderou-se dele juntamente com todas as frustrações da vida, levando-o a refugiar-se no álcool e no tabaco…
Que “encontre a paz que merecia.”
Jesus, ensinou-nos a ver no outro aquilo que ele te de mais positivo e a estender a mão nos momentos críticos e foi isso que não aconteceu com o Sr. Abílio. Nessa altura algumas pessoas foram “mais ou menos” coisa contrária ao ideal humanitario. Obrigado à senhora (prof?) Isabel Marques que conseguiu fazer ressaltar o lado bom que todos temos em nós por mais escondido que esteja.
Que o Sr Abiio possa ser amparado e amado nesta fase da sua nova vida.
“Nós podemos morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
Nós podemos dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
Nós podemos olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos…
TUDO BEM!
O que nós não podemos mesmo, nunca, de jeito nenhum…
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. (Anónimo)
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.