Alexandre Parafita

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Natural de Sabrosa, Trás-os-Montes, frequentou a antiga Escola do Magistério Primário de Vila Real, licenciando-se posteriormente em Jornalismo Internacional na Escola Superior de Jornalismo do Porto. Possui também o Doutoramento em Cultura Portuguesa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior.

Jornalista desde muito jovem,recebeu o Prémio Nacional de Jornalismo, em 1988, e o Prémio Nacional de Jornalismo Sarmento Pimentel, em 1991.

É docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde é vice-presidente do Observatório da Literatura Infanto-Juvenil, e investigador do património cultural (nas áreas da mitologia e da literatura oral tradicional), integrando o Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa. Faz ainda parte da equipa de investigação no projeto “Arquivo e Catálogo do Corpus Lendário Português”, da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Enquanto escritor, é autor de várias dezenas de títulos (poesia, conto, ensaio, crónica) mas a sua obra incide, fundamentalmente, na literatura infantil e infanto-juvenil, fazendo parte do Plano Nacional de Leitura, integrando manuais escolares de vários níveis de ensino e constitui bibliografia obrigatória em cursos de licenciatura e mestrado em escolas superiores e universidades.

Os ambientes do interior rural, as tradições populares e o encanto da Natureza são a sua fonte de inspiração.

O seu trabalho como investigador de literatura oral tradicional permitiu resgatar milhares de textos inéditos que se encontravam em risco de se perder, resgatando contos e lendas, recuperando o imaginário popular nas suas expressões mais originais e mais puras, preservando assim parte da identidade do povo português. Alguns desses textos foram publicados na coleção “Tesouros da Memória” e muitos outros nas suas obras “A Mitologia dos Mouros” e “Património Imaterial do Douro”.

 

Consulte aqui a bibliografia.

 

Histórias de encantar

Contos, muitos contos,

Histórias de encantar,

Uns vêm em prosa,

E outros a rimar!

 

Trazem fadas, bruxas

E até feiticeiras,

Que saem dos potes

das nossas lareiras!

 

Trazem ogres, trasgos

E almas penadas

Lobos olharapos

Mouras encantadas!

 

Há sempre castelos

Velhos palacetes,

Onde mora o diabo

Com seus diabretes!

 

Há príncipes fortes

E belas princesas

Há reis e reinados

Em lutas acesas!

 

Tantas aventuras,

Mezinhas, segredos

Tesouros, encantos

Mistérios e medos!

 

Quem é o herói?

Quem é o vilão?

Haja quem arrisque,

Que eu não digo, não!

 

A história é assim

Assim é que a conto…

Se alguém não gostar

Aumenta-lhe um ponto!

 

 

Leia aqui outros poemas do autor.

 

MJLeite

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