Como Se Fez – 25: Linha Azul
Esta imagem é mais desenho do que fotografia, mas foi criada com base em duas fotos.
Usei-a para ilustrar um certificado relativo a formação que dei há uns tempos, sobre Desenho de Observação. As mãos articuladas de madeira são modelos para desenhar, embora sejam usadas também como objetos decorativos, servem para simular as várias posições em que mãos e dedos reais se podem colocar.
A esferográfica é mais original que o lápis neste contexto e o traço azul é bem mais interessante que o de lápis (ainda que este pudesse ser azul, mas não me pareceu adequado), de resto, o próprio desenho com esferográfica foi abordado neste pequeno curso.
Todos os formandos presentes na maioria das sessões, assim como os colegas que me auxiliaram nas mesmas, receberam um certificado com esta fotografia impressa em papel de alta qualidade.
A imagem em causa é uma singela homenagem ao grande mestre do desenho e gravura que foi M. C. Escher… -Segue-se o link para quem não esteja, de momento, a ligar o nome à figura-.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/escher.htm
… E à sua gravura em que as mãos se estão a desenhar uma à outra. Claro que o trabalho de Escher é incomparavelmente genial e estas mãozinhas de madeira nada valem, comparadas com o trabalho que pretendem homenagear, cuja imagem se vê neste link.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/maos.htm
Apesar disto, criar a imagem foi bastante trabalhoso, pois eu só dispunha de uma destas mãos, a esquerda, que fotografei nas duas posições, cujas imagens estão visíveis no fim deste artigo.
Tive de inverter na horizontal uma das imagens para passar a ser a outra mão, a seguir passei-as para um programa de Desenho Vetorial onde eliminei tudo o que não interessava, ficando apenas com as mãos e as esferográficas (que também eram só uma). Uma das mãos teve de ser redimensionada, para ficar com a dimensão certa. Rodei-as e posicionei-as, conforme se vê na imagem final, desenhei o traço azul e apliquei o efeito de Transparência Interativa, que dá o desvanecimento, à esquerda e direita da imagem.
Foram mais de cinco horas e tudo começou com as imagens abaixo.
José Maria Silva
Classificado em: Como se fez
Obrigada, Zé Maria, pela “perda” do teu tempo em nosso proveito. Mas vale a pena, pois algumas “almas” menos dadas às artes visuais, como eu, ficam mais despertas para estes “problemas” artísticos. Os mais antigos sempre disseram que “o saber não ocupa lugar” e o amor ao conhecimento é um bem em si mesmo.
Luísa Figueiredo
Gostei muito de conhecer M. C. Escher. Conhecia alguns dos seus trabalhos mas não o seu autor. Parece-me haver, no seu espírito de curiosidade matemática e na relação que estabelece entre esta e a arte, alguma curiosa semelhança com a figura de Leonardo Da Vinci… haverá?
Obrigada, prof. José Maria.