Inserido em Junho 11th, 2018 por chaodeareia
Conforme já noticiado, no dia 26 de maio a Escola Básica Integrada de Colares organizou uma Feira Saloia com o propósito de celebrar e homenagear as suas gentes e costumes. Um dos lemas da festa baseou-se na famosa letra/canção do poeta Cavador, José Fernandes Badajoz – Não é vergonha ser camponês. Foi um dia memorável pela emoção latente entre várias gerações de fregueses que, vestidos a rigor, foram disfrutando de todas as particularidades da Feira. Atrações foram diversas, do porco no espeto aos passeios de burro, atravessando todo o tipo de doçaria. O momento alto e verdadeiramente emocionante, foi a homenagem realizada pelos alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo, ao poeta Cavador. Em uníssono com pais, avós e o acompanhamento dos professores do 1º Ciclo e Sofia Loureiro, da mãe e avó, Graça Pedroso, e do grupo de Reformados e Pensionistas do Mucifal, cantaram-se e dançaram-se músicas e danças típicas da região Saloia. A escola estava repleta de afeto e gente amiga. Éramos praticamente um milhar de pessoas, de professores, a funcionários, as dezenas de alunos e familiares, as duas associações representantes de pais, todos em comunhão. Com um único propósito, dizer presente. A escola cumpriu uma das suas principais missões, formar cidadãos plenos, orgulhosos das suas tradições e dos seus antepassados e capazes de projetar um futuro sem ruturas geracionais. Um agradecimento geral a todos os que ajudaram e contribuíram para fazer desta Festa um sucesso absoluto. Muito obrigado e para o ano cá estaremos com a mesma energia e o mesmo sentido de missão. Valorizar a escola e a sua comunidade.
Nuno Cabanas - Coordenador da EBI de Colares
O CAVADOR
Mal que rompe a madrugada
Ponho ao ombro a minha enxada
Vou para o campo trabalhar.
É assim a minha vida
Porque gosto desta lida
Nunca a poderei deixar.
Quem no campo labutar
É que sabe avaliar
O que custa a nossa arte
Quem o trabalho conhece
Vê que o cavador merece
Elogio em toda a parte.
Refrão
O pobre trabalhador
Passa a vida atribulada
Desde manhã ao sol – pôr
A puxar pela enxada.
Sempre, sempre a trabalhar
É assim nosso viver
Se não podemos ganhar
Já não temos que comer.
Há quem diga por supor
Que o pobre trabalhador
É rude e não sabe nada
Que é uma ideia embrutecida
Pois somente leva a vida
A puxar pela enxada.
Sabemos compreender
Que é bonito saber ler
E que é bom ser educado
A sorte é que nos ilude
Mas não tem nada ser rude
Para ser homem honrado.
Letra: José Fernandes Badajoz
Música: Duarte Machado
Classificado em: 1º Ciclo, 2º Ciclo, 3º Ciclo, Atividades, Biblioteca Escolar, Homenagens, Jardins de Infância