Era assim… antes da Revolução dos Cravos

Ao longo da semana que antecedeu a comemoração do 25 de abril, esta data foi celebrada, na nossa escola, com uma exposição temporária alusiva à efeméride que despertou muita curiosidade e interesse por parte da comunidade escolar.

O objetivo desta exposição prendeu-se fundamentalmente pela necessidade de demonstrar às novas gerações, através de exemplos, algumas situações que eram proibidas antes do 25 de abril, que na atualidade são impensáveis. Aqui ficam alguns exemplos patentes: andar de bicicleta sem licença; usar biquíni; beber coca-cola; conduzir um táxi sem boné; mostrar o umbigo na praia; uma mulher andar sozinha na rua ou traçar a perna; a mulher ter emprego sem autorização do marido; beijar ou andar descalço na via pública; jogar às cartas no comboio; dizer ou escrever certas palavras; usar o isqueiro fora de casa; ouvir certas músicas, ver certos filmes, ouvir certas rádios; alguns livros eram censurados, proibidos; o divórcio não era permitido…

Para além desta exposição, também se homenageou a data com a afixação de um cartaz alusivo aos militantes antifascistas mortos no campo de concentração do Tarrafal. Este campo, situado em Cabo Verde, acolheu os opositores ao regime português. As condições de vida eram atrozes. O clima era quente, quase desértico, não existiam condições de higiene, a comida era escassa e os prisioneiros estavam obrigados a realizar trabalhos forçados e normalmente punidos na famosa “frigideira.” Este campo era conhecido por “campo da morte lenta” e mais de três dezenas de pessoas perderam lá a vida. Se pretenderes mais informação sobre este assunto abre o seguinte link: https://ensina.rtp.pt/artigo/campo-do-tarrafal-cabo-verde/.

Na Biblioteca Escolar, esteve patente uma seleção de livros sobre a Revolução dos Cravos bem como um painel decorativo.

Fernanda Azevedo (docente do grupo de História, 3º ciclo)
Paula Jacinto (bibliotecária)

 

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