Chão de Areia – Jornal Digital
da Escola Básica e Integrada de Colares do Agrupamento de Escolas Monte da Lua
Administração e Edição
Coedição
Farol da Língua
Envio de Artigos
“O importante é não parar de questionar.” – Albert Einstein
1º Semestre
– 12 de setembro a 24 de janeiro
Interrupções letivas:
14 e 15 de novembro (Reuniões intercalares)
19 de dezembro a 3 de janeiro (Natal)
27 a 31 de janeiro (Avaliação final de 1.ºsemestre)
2º Semestre
– 3 de fevereiro a 27 de junho (pré escolar e 1º ciclo)
– 3 de fevereiro a 13 de junho (2º ciclo; 7º, 8º e 10º)
– 3 de fevereiro a 6 de junho (9º, 11º e 12º)
Interrupções letivas:
3 a 5 de março (Carnaval)
9 a 11 de abril (Reuniões intercalares)
9 a 21 de abril (Páscoa)
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Gostaríamos de conhecer a conjugação dos verbos Intervir e Prever, pois causam alguma confusão em situações de oralidade.
Curso EFA 15.CE.A
Verbo Intervir…
O verbo intervir conjuga-se como o verbo vir.
Presente do Indicativo
eu intervenho
tu intervens
ele intervém
nós intervimos
vós intervindes
eles intervêm
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu intervim
tu intervieste
ele interveio
nós interviemos
vós interviestes
eles intervieram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu intervinha
tu intervinhas
ele intervinha
nós intervínhamos
vós intervínheis
eles intervinham
Gerúndio: intervindo
Particípio passado: intervindo
Verbo Prever…
O verbo prever conjuga-se como o verbo ver.
Presente do Indicativo
eu prevejo
tu prevês
ele prevê
nós prevemos
vós prevedes
eles preveem
Pretérito Perfeito do Indicativo
eu previ
tu previste
ele previu
nós previmos
vós previstes
eles previram
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu previa
tu previas
ele previa
nós prevíamos
vós prevíeis
eles previam
Gerúndio: prevendo
Particípio passado: previsto
Olá, Farol da Língua
Somos a turma 5ºA da EB 2, 3 D. Fernando II e, no final de uma mensagem de caderneta que a nossa DT enviou aos EE, surgiu-nos esta dúvida.
Com os meus cumprimentos?
ou
Com os meus comprimentos?
A expressão correta é “Com os meus cumprimentos”.
Sabemos todos agora que usamos “comprimento” quando nos referimos ao tamanho, à extensão ou à dimensão.
Exemplos:
Esta régua tem 30cm de comprimento.
A costureira mede o comprimento da saia.
Empregamos “cumprimento” quando queremos saudar alguém ou quando queremos dizer que cumprimos uma ordem, que fizemos uma tarefa.
Exemplos:
Eles receberam os cumprimentos dos convidados.
O cumprimento dos prazos é muito importante!
As palavras “comprimento e “cumprimento” são parónimas, porque têm a escrita e a leitura muito semelhantes, sendo o seu significado diferente.
Na nossa língua, há outras palavras parónimas: dispensa/despensa; emigrante/imigrante; descrição/discrição, …
INTOXICAÇÃO
Na nossa língua, algumas consoantes têm valores diferentes, isto é, pronunciam-se de maneira diferente de acordo com a sua posição na palavra, ou então por razões etimológicas.
Acontece precisamente com a letra x: pode ler-se com o som z (exame), s (auxílio), ch (xadrez) e cs (fixo).
A palavra “intoxicação” tem esta última pronúncia (cs), assim como todas as palavras da mesma família (intoxicar, tóxico, toxina, toxicidade, etc.).
Como pronunciar “intoxicação”?
A pobre coitada da vírgula anda por maus caminhos e nem sempre em boa companhia.
Alunos do secundário revelam-no como sua maior dificuldade na escrita. Uma dificuldade comum a muitos outros e que persiste ao longo da escolaridade. Dizem mesmo que por muito que tentem “não sai bem”.
Um erro frequente e que, apesar dos esforços de tantos anos de escolaridade, de diferentes professores…….., ainda ensombram os alunos de 10º ano, turma J, é o uso indevido do pronome relativo “onde”.
Será que o Farol pode trazer alguma luz a estas cabecinhas tontas?
Olá Farol da Língua!
Aqui vai a dúvida que foi colocada pela turma 7ºD, da EB. 2,3 de D. Fernando II.
Qual é a forma correta: “perda de tempo” ou “perca de tempo”?
Exemplos:
1. Ele achou uma perda de tempo ficar na fila do banco.
2. Ele achou uma perca de tempo ficar na fila do banco.
Resposta: A forma correta é “perda” (na frase 1.)
Justificação: A forma “perca” é a conjugação verbal no tempo presente do modo conjuntivo, do verbo “perder”, tanto na primeira quanto na terceira pessoa do singular (exemplo: É importante que eu/você perca peso).
Na frase 1. “perda” é um nome e, embora “perca” seja aceite por alguns autores, a norma culta admite apenas “perda” como nome ou substantivo.
Nos dias de hoje, ouve-se, indiferentemente dizer “o personagem” ou “a personagem”, referindo o protagonista masculino ou feminino: os/as personagens queirosianas, a caracterização de um/uma personagem, etc.
Na realidade, as palavras portuguesas terminadas em –agem são do género feminino: contagem, coragem, espionagem, estalagem, garagem, hospedagem, lavagem, linguagem, paisagem, paragem, passagem, tatuagem, vantagem, viagem…
Como exceção temos a palavra “selvagem”, que tanto pode ser usada no masculino como no feminino, conforme aplicado ao homem ou à mulher: o selvagem, a selvagem.
Quanto à palavra “personagem” tanto pode ser usada no feminino como no masculino. Nos meios teatrais dá-se preferência ao masculino, talvez por influência da língua francesa em qua as palavras terminadas em –age, salvo raras exceções, são do género masculino.
A palavra “personagem” usa-se no feminino ou no masculino?
12ºNER
Gostaríamos de saber em que situações devemos utilizar o particípio passado, no caso dos verbos com duplo particípio, como no exemplo seguinte:
Devíamos ter entregue a carta.
ou
Devíamos ter entregado a carta.
Ou ainda:
Nós tínhamos aceitado o convite.
ou
Nós tínhamos aceite o convite.
Ass.: 10.º C
Resposta: verbos com duplo particípio passado são os verbos que utilizam, na formação dos tempos compostos, a forma regular (em -ado ou -ido), geralmente com os auxiliares ter e haver; e a forma irregular, mais curta, também chamada forma erudita por provir do latim, habitualmente utilizada com os auxiliares ser e estar.
Embora esta seja a regra geral, há exceções, com alguns verbos cujos particípios passados irregulares se conjugam com os auxiliares ter e haver: coberto, escrito, ganho, gasto, pago, etc.
A forma regular do particípio passado emprega-se, geralmente, nos tempos compostos da voz ativa.
Ex:
Eu tenho aceitado…
Eu tenho gastado…
Eu tenho imprimido…
A forma irregular do particípio passado emprega-se na voz passiva, ou como predicativo do sujeito:
Ex.:
O contrato foi aceito (ou aceite)
A fortuna foi (ou está) gasta
O António está inquieto
Apenas as formas irregulares se usam como adjetivos e são as que se empregam com os verbos andar, estar, ficar, ir e vir:
Ex.:
Andamos mortos de cansaço
Fiquei preso ao arame
Estou liberto do trabalho
Venho aflita com as horas…
Para os verbos que os alunos da turma do 10º C referem, a situação é a seguinte:
Entregar: (Tenho várias vezes …) entregado; (Foi…) entregue
Aceitar: (Temos…) aceitado; (Foi…) aceito, aceite
Assim, nos exemplos que apresentam, as formas a empregar são:
Devíamos ter entregado a carta
Nós tínhamos aceitado o convite.
Maria José Ferreira
A dúvida que o 5º E colocou foi a seguinte: escreve-se “em fim” ou “enfim”?
Resposta: as duas hipóteses estão corretas. Vamos ver exemplos:
• Enfim estamos juntos! (Finalmente)
• Após tanto trabalho poderemos, enfim, descansar. (Por fim).
O advérbio de tempo enfim é formado através da junção da preposição em com o substantivo masculino fim: em + fim.
• Aquele paciente se encontra em fim de vida. (No final).
• O diretor do hospital já está em fim de carreira. (No término).
Em fim é uma sequência de palavras separadas, formada pela preposição “em” e pelo substantivo “fim”.
Resposta a Sara Barbosa (alunos do 11º D):
O Acordo Ortográfico de 1990 (sim, é a data do Novo Acordo Ortográfico) trouxe mudanças ao nível da grafia. Deve ficar bem claro que não há, nem pode haver, mudanças ao nível da fonética, da forma como uma palavra é pronunciada pelo grupo culto de falantes.
Uma das maiores dificuldades que o Acordo Ortográfico (AO) traz consigo é a alteração às regras do uso do hífen. Essas regras constam das Bases XV a XVII (o AO tem vinte e uma bases).
Situações em que, de um modo geral, se exclui o uso do hífen:
1) Topónimos (Cabo Verde, Freixo de Espada à Cinta) exceto topónimos iniciados por “grão/grã” (Grã-Bretanha), verbo (Quebra-Costas) ou ligados por artigo (Trás-os-Montes);
2) Locuções de qualquer tipo (cão de guarda, cor de laranja, fim de semana);
3) Com um conjunto de prefixos (ver Bases XV, XVI e XVII do AO) – ante, pós, pré, extra… – exceto se o 2.º elemento começar por h (pré-história), começar com a mesma vogal com que termina o prefixo (auto-observação) ou r, no caso dos prefixos hiper, inter, super (hiper-requintado);
4) Quando o prefixo termina em vogal e o 2.º elemento começa por r ou s, duplicando-se estas consoantes (minissaia, antissemita);
5) Quando o prefixo termina em vogal e o 2.º elemento começa por vogal diferente (antiaéreo, autoestrada);
6) No presente do indicativo do verbo haver associado à preposição de (hei de, hão de).
Para verificar a forma de escrever uma palavra respeitando o AO de 1990, deve consultar-se o VOP (escrever em “pesquisa”, no canto superior direito) do Portal da Língua Portuguesa: http://www.portaldalinguaportuguesa.org
LF
Com o AO90, quais as palavras em que desapareceu o hífen?
Olá Chão de Areia
A turma do 6ºD da Escola D. Fernando colocou esta questão:
Como podemos distinguir aprender e apreender ???
Resposta: Estas duas formas estão corretas. Aprender e apreender são palavras parónimas. São escritas e pronunciadas de forma parecida, mas têm significados diferentes.
A palavra aprender refere-se ao ato de adquirir conhecimento e a palavra apreender refere-se ao ato de apanhar, capturar, tomar posse, confiscar.
Eis alguns exemplos:
– Estou a aprender a tocar piano;
-Tenho muita dificuldade em aprender outras línguas;
– O polícia apreendeu os documentos do condutor;
– Todas as mercadorias contrabandeadas forma apreendidas.
Obrigada
Olá, Chão de Areia
A turma do 9ºD da Escola D. Fernando II colocou esta questão: como sabemos se certos verbos ou outras palavras, como enlamear ou repudiar, se escrevem com “e” ou “i”?
Atenção a estas regras:
. Escrevem-se com “e” verbos e outras palavras que derivam de nomes ou adjetivos que não têm “i” no radical, por exemplo:
lama —- enlamear
branco —- branquear
serpente —- serpentear
. Escrevem-se com “i” verbos e outras palavras quando esta vogal já existe no radical, por exemplo:
macio —- amaciar
vadio —- vadiar / vadiagem
repúdio —- repudiar
Afinal, é mais fácil do que parece!
Dúvida do 6º B de Colares:
Por que razão o verbo estar é irregular, já que o radical (est) se mantém em todas as conjugações?
[Resposta] O verbo estar é um verbo irregular! É verdade que o radical se mantém em todos os modos, tempos, pessoas e número, mas também é verdade que as suas desinências (as suas terminações) não são iguais às de um verbo regular como amar, comer ou sair.
Ex.: Eu amei /Eu comi / Eu estive
Eu saí/ Ele amou / Ele comeu /Ele saiu/ Ele esteve
Que ele ame/ Que ele coma / Que ele saia/ Que ele esteja
Olinda Jarra, aula de português- 6º B – Colares
Olá, Chão de Areia
Somos a turma 8ºA da EB 2, 3 D. Fernando II.
Na frase “Há momentos encontrei a Beatriz..” devemos escrever “há” ou “à”?
A frase implica o uso do verbo “haver”, sendo a forma correta “há”.
Este é um exemplo dos casos em que o verbo “haver” é impessoal, significa “existir” ou “tempo decorrido”, e se conjuga tão somente na 3ª pessoa do singular (cf Cunha e Sintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002,p.534).
Na frase ” Há momentos encontrei a Beatriz e fomos à BECRE.”, temos “à”, que é a forma contraída da preposição simples “a” com o determinante artigo definido “a”.
Assim:
1) “há” – é uma forma do presente do indicativo do verbo “haver.
Exs:
Há pessoas que não foram atendidas.
Há programas muito interessantes.
Há uma semana que não tenho notícias do André.
Há anos que não vou a Coimbra.
2) “à” – é a contração da preposição simples “a” com o determinante artigo definido “a”.
Exs:
Telefonei à Ana.
Emprestei o livro à Mafalda.
Está à vontade!
A turma do 8ºD da EB 2,3 D.Fernando II enviou a seguinte dúvida:
Como distinguir quando se escreve “a ver” ou “haver”
Resposta:
• Ter a ver com significa ter uma relação com alguma outra coisa e usa-se sempre com a preposição com.
Exemplo: Esta dúvida tem a ver com a ortografia,
isto é,
Esta dúvida relaciona-se com a ortografia.
• O verbo haver pode ser substituído pelo seu sinónimo – o verbo existir.
É capaz de haver muita gente com esta dúvida,
isto é,
É capaz de existir muita gente com esta dúvida
A turma do 6ºA da EBI de Colares enviou a seguinte dúvida:
«em vez de» ou «ao invés de» ??
As duas formas estão corretas.
«Em vez de» significa «em lugar de» – Ex: Em vez de ir à escola fui às compras.
«Ao invés de» tem o sentido de «ao contrário de» ou «em oposição a » – Ex: Ao invés de morangos, o João prefere framboesa.
“Titubear” – falar com hesitação; vacilar; cambalear.
Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 5.ª Edição.
LF
“Óptimo” é a forma que obedece à ortografia fixada pelo acordo ortográfico de 1945, o que vigorou até à aprovação do atual. “Óptimo” é, também, a forma como se escreve no Brasil, mesmo com o acordo ortográfico de 1990 (sim, o Novo Acordo Ortográfico é o de 1990), o mesmo acordo que dita que, em Portugal, se escreve “ótimo”.
LF
Caro farol da língua como se escreve, otimo ou optimo? Cumprimentos maya cravo.
Olá Farol da Língua!
Somos alunos do 5ºA da Escola D. Fernando II e gostaríamos de saber qual a forma correta de pontuar as seguintes frases:
– Não sei – respondeu o Luís. – E tu vais?
– Não sei. – Respondeu o Luís. – E tu vais?
– Não sei – respondeu o Luís – e tu vais?
– O que é isto? – perguntou a Begónia.
– O que é isto? – Perguntou a Begónia.
Relativamente ao primeiro caso, as três situações apresentadas são aceites e possíveis, sendo que a opção entre elas é meramente estilística e por isso pessoal (o que não seria aceite seria o uso do ponto, seguido de letra minúscula, por exemplo, mas isso é uma regra geral da pontuação, e não uma regra do discurso direto).
No que diz respeito ao segundo caso, como a interromper o discurso ocorre uma frase intercalada, esta inicia geralmente com minúscula, como se pode observar nos seguintes excertos:
«— Posso levar uma rosa? pergunta o poeta Adriano, avançando a mão para o meio da mesa» (Agustina Bessa-Luís, O Manto, 130)
«É esta a gaveta? — perguntou ele.» (Osman Lins, O Visitante, 53)
«— Que será feito do senhor padre Brito? perguntou D. Joaquina Gansoso (Eça de Queirós, Obras de Eça de Queirós, 43)
Tendo como referência estes pressupostos, concluímos que a frase apresentada deve ter a seguinte forma:
“- O que é isto? – perguntou a Begónia.”
_________________________________________________________________
A pontuação utilizada no diálogo ou, como é o caso, no discurso direto, não é regida por nenhuma regra específica. Este estilo (o estilo/discurso direto) é, de resto, utilizado de maneira muito diferente de pessoa para pessoa, de autor para autor (lembremos, por exemplo, os casos de Saramago ou Lobo Antunes, cuja aplicação da pontuação é sempre muito livre). Passa-se ainda que as convenções de pontuação são por vezes diferentes até de país para país.
Apesar de não haver uma convenção, tal não significa, porém, que se use inadvertidamente a pontuação. Há regras específicas para cada sinal e, tratando-se ou não de discurso direto, estas regras devem ser respeitadas tanto quanto possível.
Tanto o ponto de interrogação como o de exclamação são considerados sinais de pontuação que indicam, ao mesmo tempo, a melodia e a pausa. Um e outro são usados, respetivamente, no fim de qualquer interrogação direta e de enunciados de entoação exclamativa, o que pressupõe o término de um discurso. Aliás, já Rodrigo de Sá Nogueira, na sua Guia Alfabética da Pontuação (Lisboa, Clássica Editora, 1973, p. 65) nos indica que «o ponto de exclamação ou de admiração, que graficamente é simbolizado pelo sinal !, e o ponto de interrogação, que graficamente é simbolizado pelo sinal ?, têm na essência o mesmo valor do ponto final, apenas com a particularidade de imprimirem à frase a entoação da exclamação, da admiração, do espanto, da surpresa e a entoação específica de interrogação, de pergunta, de inquirição, respetivamente».
Se partirmos, portanto, do princípio de que a frase que se segue inicia um novo discurso, não há dúvida de que se deve «empregar a letra inicial maiúscula no começo desse discurso» (Rocha Lima, Gramática Normativa da Língua Portuguesa, 1967), o que se verifica nos exemplos retirados da Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa, Sá da Costa, 2002), de Cunha e Cintra:
«— Se sai? Já saiu! Não viu os jornais?» (Erico Verissimo, O Tempo e o Vento, 253)
«Estará surdo? Estará a tentar irritar-me? (Sttau Monteiro, Angústia para o Jantar, 101)
gostaria de saber o significado da palavra titubear
obrigado
Gostei!
Já tenho sucessora. Bom trabalho, Helena!
Luísa Figueiredo
“ch” ou “x” ?
O uso do “ch” ou “x” tem a ver com a origem da palavra:
Exemplo: chão, charlatão, chave, chá
Xá, xarope, xisto, xeque
Regras práticas para a utilização do X:
1. Depois da sílaba “en”, desde que não seja prefixo:
Exemplo: enxada, enxame.
Exceção: encher.
2. Depois da sílaba “me”.
Exemplo: México, mexer, mexilhão.
Exceção: mecha.
3. Depois de um ditongo.
Exemplo: baixar, caixa, peixe.
O “X” tem o som de “ch” no princípio da palavra e, por vezes, no meio.
O “X” pode ainda ter os seguintes sons:
. CS: anexo, axila, complexo.
. Z: com os prefixos “exo” ou “ex” seguidos de vogal: exótico, exame, exercício.
.SS: aproximar, auxiliar.
. S: quando se encontra no final de palavra: Cálix, Félix.
“Fiquei satisfeita, porque a proposta deles veio ao encontro daquilo que eu queria há muito.” – É esta a frase correta. “Ir ao encontro de” alguma coisa, ou de alguém, tem o sentido de aproximação convergente, ou seja, caminhando para o mesmo objetivo. “Ir de encontro a” tem o sentido de aproximação, por vezes, violenta, de impacto físico, ou de oposição a algo.
Exemplos:
– O novo regulamento veio ao encontro da necessidade de melhorar o funcionamento da Escola.
– O automóvel foi de encontro ao muro da quinta, mas o condutor não ficou ferido.
LF
Como devemos dizer?
Fiquei satisfeita, porque a proposta deles veio “de encontro àquilo” que eu queria há muito.
ou
Fiquei satisfeita, porque a proposta deles veio “ao encontro daquilo” que eu queria há muito.
Sem qualquer dúvida, “comer à discrição”, ou seja, à vontade, sem restrições. “Descrição” (nome relacionado com o verbo “descrever”) é a exposição ou evocação exata, mais ou menos detalhada, de um lugar, pessoa, etc., por meio de palavras.
LF
Como escrever: “Comer à discrição” ou “Comer à descrição”?
Turma 14 CE.BC (E.S. Santa Maria)
Terça-feira é só terça-feira. A abreviatura “3.ª feira” é uma abreviatura cómoda que usamos informalmente para poupar tempo e espaço, como, por exemplo, c/, c/o, qq, ñ, / (respetivamente com, como, qualquer, não, -mente). Assim, depois de rezar o rosário completo, terá rezado três terços. Há algumas convenções para a representação dos números em texto, mas baseiam-se mais no bom senso e na consagração pelo uso. Eis algumas: todos os números abaixo de (10) são escritos por extenso, exceto unidades de medida (3 km), datas (5 de agosto de 2013), páginas (pág. 3), percentagens (50%), decimais e frações (0,5 e 1/5), números demasiado extensos (230 milhões, em vez de 230 000 000), etc. Deve evitar-se misturar algarismos com números em extenso e iniciar frases com algarismos (“Vinte euros, foi quanto paguei pelo corte de cabelo.” em vez de “20 euros, foi quanto paguei pelo corte de cabelo.”).
Fonte: http://www.escreverbem.com.br/pt-br/num_extens.html
LF
Terça-feira é o mesmo que 3ª feira?
Em caso afirmativo, como será (já agora) relativamente aos terços?
Será correto alguém escrever, após ter rezado o Rosário completo, os três terços (entenda-se): “-Acabei agora o 3º 3º, já é 3ª feira e ainda nem cheguei a 1 3º das orações que tenho de concluir antes das 4 de 4ª…”?
Acho que existe alguma confusão na utilização dos (números) ordinais nos textos escritos, se existe regra para isto deve ser respeitada, pois o bom senso não parece suficiente.
Tradução da frase relativa ao Rosário: Acabei agora o terceiro terço, já é terça-feira e ainda nem cheguei a um terço das orações que tenho de concluir antes das quatro (horas) de quarta…
Obrigado.
José Maria Silva
Em determinadas construções frásicas, o pronome “se” (neste caso) é colocado antes do verbo (este processo designa-se próclise). É o caso das orações relativas introduzidas por “que”.
Esta situação ocorre, também, quando o verbo é antecedido de outras palavras (de diferentes classes) como: todos, ambos, bastantes… (quantificadores universais), alguém, já, apenas, sempre, se, oxalá, quando, que, quem, etc. Também se verifica nas frases negativas, com não, nunca, ninguém, etc.
Portanto: uma fundação que se destina a…
LF
Diz-se uma fundação que se destina ou uma fundação que destina-se?
Terça-feira é o mesmo que 3ª feira?
Em caso afirmativo, como será (já agora) relativamente aos terços?
Será correto alguém escrever, após ter rezado o Rosário completo, os três terços (entenda-se): “-Acabei agora o 3º 3º, já é 3ª feira e ainda nem cheguei a 1 3º das orações que tenho de concluir antes das 4 de 4ª…”?
Acho que existe alguma confusão na utilização dos (números) ordinais nos textos escritos, se existe regra para isto deve ser respeitada, pois o bom senso não parece suficiente.
Tradução da frase relativa ao Rosário: Acabei agora o terceiro terço, já é terça-feira e ainda nem cheguei a um terço das orações que tenho de concluir antes das quatro (horas) de quarta…
Obrigado.
José Maria Silva
“Ter que ver” e “ter a ver”: ambas as expressões são consideradas corretas, porém a primeira é genuinamente portuguesa e a segunda é de influência francesa, um galicismo (“ça a quelque chose à voir avec”). Alguns estudiosos da língua chegam ao ponto de considerar o galicismo “ter a ver (com)” uma expressão a evitar; outros aceitam sem problemas (assim como se aceita “colocar uma questão”, um galicismo que vem diretamente de “poser une question”, em vez do portuguesíssimo “fazer uma pergunta”).
De facto, a língua é como um ser vivo, sempre em evolução, perdendo e ganhando palavras e/ou expressões (arcaísmos e neologismos), não permanecendo imutável – tem a ver com a marcha inexorável do tempo, as influências culturais, as modas, as necessidades linguísticas que vão surgindo, tudo gerido com bom senso e respeito pela Língua.
LF
Caro Farol,
No seguimento de uma interessante conversação que mantive recentemente, surgiu uma pequena questão: qual das duas expressões está correta? “Tem a ver”, ou “tem que ver”?
Obrigado pelo contributo.
Gostei muito desta rubrica, até porque a nossa língua é tão rica, que quanto mais se conhece, mais se chega à conclusão de que pouco a conhecemos!Na aula de português já após alguns anos de estudo, usávamos o prontuário ortográfico, por vezes era giro, até o professor ficava baralhado! Parabéns, pelo vosso “português mente falando”!
As duas expressões existem, mas com significados distintos.
“Ter que” é a versão abreviada (elíptica) de “Tenho alguma coisa que fazer.” O que é um pronome relativo cujo antecedente é, na frase apresentada, alguma coisa.
“Ter de” é a versão abreviada (elíptica) de “Tenho necessidade de fazer alguma coisa.” O de é uma preposição que antecede fazer.
“Tenho que aprender” significa “Tenho alguma coisa para aprender”.
“Tenho de aprender” significa “Tenho necessidade de aprender”.
Fonte consultada: Dicionário de Erros e Problemas da Linguagem, Rodrigo de Sá Nogueira.
LF
Qual a diferença entre “ter de” e “ter que”?
Obrigada.
Mafalda Galinho
Obrigada pela sua dúvida, Rodrigo!
Os parêntes (ou parêntesis) podem ser curvos ou retos, estes também são designados “colchetes”. O exemplo que apresenta necessita de recurso aos parênteses retos, os quais se utilizam em algumas situações específicas da língua portuguesa. Assim, no exemplo que apresenta, utilizam-se parênteses retos quando precisamos de isolar uma informação que, no seu interior, já contém uma outra isolada por parênteses (curvos, neste caso). Vejamos o seu exemplo: Inicio de frase [Inicio de frase entre parênteses (outra frase entre parênteses) fim de frase entre parênteses] fim da frase.
Mais frequente é o uso de parênteses retos para introduzir cortes em textos que não são da nossa autoria – […] – com reticências no seu interior. Também introduzem informação em texto alheio – A deusa Vénus [da mitologia romana] era filha de Júpiter e de Dione. Mais um exemplo: registam a transcrição fonética de uma palavra (a forma como a palavra se pronuncia, de acordo com o alfabeto fonético internacional – AFI) – bonjour [`bόzuR].
LF
Como se faz, caso for necessário, para usar parênteses dentro de parênteses?
Exemplo:
Inicio de frase (Inicio de frase entre parênteses (outra frase entre parênteses) fim de frase entre parênteses) fim da frase.
Como se faz, caso for necessário, para usar parênteses dentro de parênteses?
Exemplo:
Inicio de frase (Inicio de frase entre parênteses (outra frase entre parênteses) fim de frase entre parênteses) fim da frase.
“Água-forte” mantém o hífen pois, de acordo com o Acordo Ortográfico (AO) de 1990 (Base XV), “emprega-se o hífen em palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos (…) constituem uma unidade (…) semântica”, ou seja, com significado único e próprio. “Água-forte” tem um significado distinto dos dois vocábulos em separado – “água” e “forte”.
LF
Água-Forte, que designa o ácido (nítrico), o método ou a gravura obtida por este processo, mantém o hífen, passou a ser só uma palavra ou são duas?
José Maria Silva
Água-Forte, que designa o ácido (nítrico), o método ou a gravura obtida por este processo, mantém o hífen, passou a ser só uma palavra ou são duas?
As palavras terminadas em -mente são graves, pelo que, regra geral, não são acentuadas. Contudo, poderia argumentar que “amável” também é grave e tem acento – só que as palavras graves terminadas em -l pertencem a uma exceção – têm acento gráfico.
Outro exemplo: a palavra “malévolo” é esdrúxula, pelo que é obrigatoriamente acentuada na antepenúltima sílaba. Quando dá origem ao advérbio “malevolamente”, perde o acento, pela razão exposta no início deste texto (converte-se numa palavra grave e, seguindo a tal regra geral, não é acentuada).
LF
Por que razão as palavras terminadas em “mente” (como “amavelmente”), não têm acento?
Ana Margarida G.
O Portal da Língua Portuguesa é uma excelente ferramenta. Deixo o link http://www.portaldalinguaportuguesa.org/main.html
O nosso farol está espectacular! Parabéns aos nosso criativo, Daniel. Esta rubrica é uma excelente iniciativa, espero que tenha um enorme sucesso e uma forte participação de todos.