Abril, o meu cão
O meu mais fiel amigo achou que uns magros 11 anos de convivência são tempo suficiente para estar junto a mim! Protesto! Seja quem tenha sido que determinou a esperança de vida de um animal tão valioso com um cão, 11 anos é pouco, muito pouco! Protesto, protesto e protesto. Abril é a homenagem que lhe dei por ter nascido na comemoração dos 25 anos da revolução de Abril. Um ser absolutamente brilhante e eterno. Tem sido o meu suporte nos bons e maus momentos, o meu verdadeiro refúgio. Quis o destino que passasse a fazer parte do meu mundo de memórias. Memórias, todas elas boas, muito boas.
Um abraço eterno dos teus orgulhosos donos.
Classificado em: Apeteceu-me escrever..., Biblioteca Escolar
Andava há uns dias para te perguntar pelo teu amiguinho tão fiel e só agora percebi o que aconteceu. Quem vive diariamente com estes seres maravilhosos entende perfeitamente a dor que é perdê-los.
Um abraço muito grande.
Não te conheci, Abril.
Conheci uma Menina, que também me deixou há alguns meses.
Ainda ouço as suas patinhas a saltitar pelas escadas, para me receber alegremente, quando chego a casa, ao fim do dia, apesar da sua idade avançada e das muitas dores que já devia sentir.
São amigos incondicionais, que nos deixam uma enorme saudade e um vazio imenso.
Não tive oportunidade de falar contigo, mas ao ler este texto vieram-me logo as lágrimas aos olhos porque recordei a minha infância. Também tive uma cadela chamada Niza e que naquela altura era a minha melhor amiga. Ainda hoje a recordo com muita ternura.
És um Homem de H grande. De certeza que foram os melhores donos do mundo.
Um beijo,
Paula
Vejo os meus cães como grandes mestres, eles nos mostram como ser boas pessoas. Ensinam nos o amor incondicional verdadeiro.
O cão:
não pergunta porque estamos tristes, põe a sua cabeça ao nosso colo
não pergunta porque estamos chateados, pega uma bola e pede para brincar
não pergunta porque estamos felizes, pula e lamba e é feliz por nós e connosco
não pergunta porque vamos embora, espera pacientemente até voltarmos
não pergunta o porque de nada, não julgam, só são o que são: um grande amigo!! E deixam saudades depois de partir, mas também deixam o nosso coração quentinho quando lembramos as brincadeiras, as lambidelas e as aventuras que passámos….
Força!
Caro Nuno,
Partilho contigo esse teu sentimento de revolta e de orfandade. Vejo o teu cão e vejo o meu, vejo a tua tristeza e vejo a minha. Fiquei sem o meu lindo e devastadoramente generoso e leal Terranova há alguns meses. Também acho que fui roubada! Porque os quase 13 anos que passaram num ápice, parecem-me muito pouco. De repente tinha uma bolinha de pêlo preto a chegar e, mais de repente ainda, um amigo grande e peludo de 80 kilos a partir. Nunca se está preparado, nunca se ultrapassa, nunca se esquece. Só o tempo, atenuará esse vazio de alma. Resta-nos a consciência de que fomos merecedores da sua amizade e que os tratámos da melhor forma que pudemos e os tornámos felizes durante todo o tempo que estiveram connosco.
Um beijo,
Ana