Vinícius de Moraes – Centenário

Poeta inquieto, diplomata que fazia canções, precisava do precipício da paixão. A sua poesia aproximava-se da vida vertiginosamente. Não gostava de desarmonia. A chama que alimentava a sua vida era a paixão. Casou-se nove vezes.

A vida de Vinícios sempre foi um contratempo. Era uma pessoa com a emoção a derramar e trabalhava no cerne do afeto. Polo aglomerador de talentos (Jobim, Chico, Gil, Caetano, Toquinho, Lyra, Lins, Bethânia, Nara Leão, João Gilberto…). Amigos muitos! Dizia  «Amigo você não faz, você reconhece!».

A sua vida foi uma linda canção de amor. A celebração da vida através da música e da poesia.

“Garota de Ipanema” e “Eu sei que vou te amar” neste vídeo, são dois exemplos emblemáticos do seu amor pelas mulheres.

 

António  Sousa

8 comentários para “Vinícius de Moraes – Centenário”

  1. Muito bom stor muito bom, gostei de vê-lo e se fosse ator acho que era a sua maior fã.

  2. Lindo!!! A poesia e a música fazem-nos tão bem… Fico à espera de mais artigos teus. Obrigada pela partilha.

  3. Lindo!
    E para fechar com chave de ouro:

    De tudo ao meu amor serei atento
    Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
    Que mesmo em face do maior encanto
    Dele se encante mais meu pensamento.

    Quero vivê-lo em cada vão momento
    E em seu louvor hei de espalhar meu canto
    E rir meu riso e derramar meu pranto
    Ao seu pesar ou seu contentamento.

    E assim, quando mais tarde me procure
    Quem sabe a morte, angústia de quem vive
    Quem sabe a solidão, fim de quem ama

    Eu possa me dizer do amor (que tive):
    Que não seja imortal, posto que é chama
    Mas que seja infinito enquanto dure.

    Estoril, out. 1939

  4. Lindo e enternecedor! Comovente como só a beleza da arte o pode ser.

    Obrigada pela comemoração e pela partilha desta belezura!!!

  5. Bravo!
    É sempre bom recordar o grande Vinícius.
    Obrigado pela lembrança.

  6. Vinicius é um poeta que marcou de forma indelével o rumo da minha vida. Contribuiu, pelo menos. A vida sem emoção perde qualquer sentido.

  7. Como sempre, uma excelente trabalho do meu amigo António: uma homenagem a Vinicius, publicada na véspera do centenário do seu nascimento.

    Um grande abraço para o António.
    Um grande abraço para todos os amigos.

  8. Altas Intensidades
    “Para Vinicius, a experiência do amor é trágica. O que responde por essa tragicidade? O fato de que, para ele, o amor acaba: o amor é uma intensidade que queima, consome-se e consuma-se, esvaziando-se fatalmente. O que fazer, então, diante dessa experiência? Aqui começa a força: Vinicius fez um pacto com as altas intensidades, e dispôs-se a pagar seu preço, igualmente alto. Pois se o amor é uma alta intensidade que, no tempo, esvazia-se, só lhe restava aceitar essa dinâmica e acatar o fim do amor – o que significava abrir novamente a possibilidade de um novo amor, da vivência de uma nova intensidade alta, e assim sucessivamente.”
    Em: http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/article.php3?id_article=1261

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