O fotógrafo que se vê na imagem estava, deitado no chão, a fotografar fungos nas rochas.

Eu fotografei-o enquanto ele fazia esta pose. Depois de ter a foto impressa, coloquei o dedo em cima da imagem e contornei-o com um traço fino sobre a fotografia. A seguir cortei a parte de cima do referido contorno, acompanhando a curva da frente do dedo, até chegar ao lado de baixo e parei o corte aí.

Como a iluminação da imagem inicial vinha de cima e da esquerda, eu teria de colocar o dedo de forma a não ter sombra no lado de cima, assim, deixei a aba em baixo, que dobrei para trás, para poder assentar aí o dedo, que, ficando bem encostado à aresta de cima, iria ficar ligeiramente afastado em baixo. No meio de todo o absurdo que é esta imagem, eu queria que a sombra do dedo fosse o mais credível possível… e que não parecesse apenas copiada e colada de outra foto.

Montei a fotografia presa com molas, conforme ilustração abaixo, coloquei o dedo e fotografei o conjunto. A máquina estava no tripé, a focagem e o enquadramento já tinham sido feitos antes de lá pôr o dedo. A seguir apliquei no dedo o efeito “Ripple” (Ondulação).

Esclarecimento adicional: Esta fotografia, tal como a do “Sistema Binário” (Chão de Areia, janeiro de 2014) e “Ao Alcance das Mãos” (julho de 2014), faz parte de uma série relativa a uma fotonovela de ficção científica, que elaborei em tempos. Estão incluídas no mesmo conjunto, a publicar (em princípio) durante este ano letivo, “Buraco Negro” e “Espaço Exterior”. No caso concreto desta imagem, a cena passa-se no “Planeta X”, que tem atmosfera respirável e é habitado por gigantes. O indivíduo à esquerda é um membro da expedição oriunda da Terra.

A concluir, segue-se o link do Blogue “Sala 17”, este sobre a Máquina Fotográfica.

http://sala17.wordpress.com/2010/02/12/fotografia-componente-teorica-2-a-maquina-fotografica/

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José Maria Silva

 

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