Como Se Fez – 40: Boné Laranja
Nesta imagem, a iluminação, a apontar para cima, é idêntica à usada no “Copo Estrelado” (Como Se Fez 20, publicado a 28 de novembro de 2014), mas aqui sem passar apenas por um furo. A área coberta pela luz é a do rebordo circular do refletor da fonte luminosa, suficiente para toda a cabeça, mais a pala do boné. Coloquei um vidro sobre o candeeiro, mas não encostado, para não se partir com a temperatura. No fundo, visível atrás, está um pano preto posicionado de forma a não ficar iluminado. Como é evidente não havia outra luz. O tom alaranjado da cabeça de vidro é consequência da iluminação direta e da luz refletida no interior do boné.
Em baixo, neste recriado clássico da fotografia gráfica, cujo nome é precisamente “Classic Graphic Shot”, vemos o efeito da iluminação difusa sobre o vidro. O Flash externo tem um difusor retrátil incorporado, que aqui foi usado e a leitura foi TTL. Na pequena sombra, visível atrás e ligeiramente abaixo das tampas, nota-se o contorno difuso, que estaria nítido se a luz do Flash incidisse sem difusão. O fundo é uma folha A4 impressa com riscas e os frascos, assentes num vidro, estão cheios com água, que acentua o efeito de lente.
Link brasileiro para TTL, ou seja, Through-The-Lens (Através da Lente): http://www.fotografia-dg.com/flash-ttl/
Para quem tiver curiosidade há mais exemplos de iluminação difusa do vidro nas imagens “Luz Solar” (CSF 1 de 10/10/2013), “Alucinação” (CSF 13 de 5/6/2014) e “Licor Nacional” (CSF 28 de 16/2/2015), mas todos em contraluz.
Com o presente artigo termina esta fase da minha colaboração intensa e regular no Chão de Areia. Foi um trabalho muito interessante, que durou dois anos letivos. Nos arquivos ficam 40 “Como Se Fez” assinados por mim, com um total de 7 desenhos, 78 fotografias e 37 hiperligações, 7 das quais agradeço ao professor António Marques, da Escola Secundária de Santa Maria. Ficam ainda algumas ilustrações dispersas e textos nos arquivos deste jornal, de entre os mesmos destaco o seguinte, ainda com a ortografia antiga, que tem a ver com a nossa história e identidade:
https://chaodeareia.agml.net/2010/07/sarrazola-historia-na-1%C2%AA-pessoa/
Vejo-me forçado a tomar esta decisão, sobretudo devido à falta de tempo. Agradeço todo o apoio à equipa editorial do jornal, nomeadamente ao Coordenador. Agradeço aos leitores regulares, tanto aos que só viram os bonecos e desistiram da leitura na terceira linha, como àqueles que leram tudo avidamente, tentando absorver toda a informação. Agradeço aos que tiveram o trabalho de comentar muitos dos artigos, assim como aos que me sugeriram a inclusão de determinadas imagens.
Por fim, quero ainda deixar um agradecimento especial à professora Paula Pinto, que, de entre todos os, assoberbados com trabalho, elementos das Coordenações e da Direção, conseguiu pequenas parcelas de tempo para, pontualmente, dar alguma atenção aos artigos e até deixar comentários.
E lembre-se: Mesmo que tenha um Nokia Lumia 1020 de 41 Megapíxeis, a fotografia é muito mais do que apontá-lo para a cara, sorrir e disparar.
Obrigado.
Para o próximo ano letivo conto estar disponível para produzir uma ou outra ilustração ou algum artigo, mas sem a regularidade deste ano. Para já, o “Como Se Fez” fica temporariamente em pausa.
José Maria Silva
Classificado em: Como se fez