BRASÃO DE D. MANUEL DE MOURA CÔRTE-REAL, 2.º MARQUÊS DE CASTELO RODRIGO

A pedra de armas do marquês é coroada, embora esteja parcialmente mutilada. Escudo peninsular esquartelado, apresentando no primeiro e quarto quartéis sete castelos que simbolizam as armas dos Mouras, no segundo e terceiro quartéis estão dispostas seis costas de prata e firmadas nos flancos, rematadas acima por chefe de prata carregado de uma cruz solta nas extremidades, que representam as armas dos Côrte­Real.

Este brasão e a respetiva simbologia heráldica são o resultado entroncado dos dois brasões de armas que aqui também se apresentam do pai e damãe de D. Manuel, respetivamente D. Cristóvão de Moura e D. Margarida Côrte­Real, 1ºs Marqueses de Castelo Rodrigo.

Estes brasões eram parte integrante da cripta do Mosteiro de São Bento da Saúde, mandada erigir pelo 2.º Marquês de Castelo Rodrigo abaixo da capela­mor para sepultura dos seus familiares e descendentes, e em resultado da concessão do respetivo padroado.

A cripta e as pedras de armas foram descobertas por casualidade em 1939, tendo estas últimas sido incorporadas no ano seguinte no acervo do Museu da Assembleia Nacional.

Presentemente integram a exposição “O Mosteiro de São Bento da Saúde: de Casa Religiosa a sede do Parlamento”, comemorativa dos 400 anos deste edifício.

Imagens:

Brasão do 2.º Marquês de Castelo Rodrigo, pedra calcária, primeiro terço do século XVII, 66x41x35 cm, n.º inv. MAR 268.

Brasões de D. Cristóvão de Moura e de D. Margarida Côrte­Real, pedra calcária, primeiro terço do século XVII, 65x45x22 cm, n.º inv. MAR 269 e 270.

Fotografias de Carlos Pombo

Classificado em: Museus