No corrente ano letivo a primeira 4ª feira de cada mês será sempre um dia sem telemóveis. Após a primeira experiência recolhemos o seguinte testemunho de um encarregado de educação:

No dia 4 de Outubro a minha filha voltou da escola e a primeira coisa que disse ao sentar-se no carro foi: “Pai, hoje foi o melhor dia até agora na escola: todos estavam a conversar, a jogar pingue pongue, a correr, a brincar uns com os outros” e eu perguntei “porquê?” E ela respondeu: “não havia telemóveis, foi a primeira 4ª feira do mês”. 

A minha filha veio de uma escola privada  onde os telemóveis não eram permitidos, mas dois anos antes já tinha estado numa escola pública. Ela própria gostaria muito de ter um “smartphone”, é muito adepta das tecnologias, YouTube e “online gaming”. Jogamos muito em casa, por isso não se trata de termos um viés anti tecnologias. Tenho a certeza que se a minha filha tivesse um “smartphone” na escola, sem a minha supervisão, também o utilizaria o dia todo.

Tem um telemóvel “tijolo” que só dá para fazer chamadas e SMS para que possa comunicar comigo em casos especiais e no primeiro dia de aulas o primeiro SMS que me mandou no primeiro intervalo foi: “toda a gente agarrada ao telefone“.
Já antes de escolhermos a escola, o telemóvel foi tema de debate. Vários colegas da escola anterior e pessoas a quem fizemos perguntas sobre a Sarrazola nos avisaram da questão dos telemóveis no recreio. Claro que acredito que a situação seja igual em qualquer escola onde haja acesso a telemóveis durante os intervalos.

A minha filha está a gostar muito da nova escola e dos colegas, professores e do ambiente geral. Apenas gostou ainda mais da primeira quarta feira do mês.

Lourenço Bray, EE do 5ºB

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