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O Pedro Santos deixou-nos. Depois de uma dura luta de vários anos, a doença acabou por derrubá-lo. E ficámos todos mais pobres com a sua ausência.

Era uma pessoa marcante, tanto pela sua figura como pelas suas convicções. Dono de um sentido de humor acutilante e de uma vasta cultura, qualquer conversa com ele se tornava uma animada tertúlia, onde temas tão diversos como a Poesia, a Música ou a História fluíam com naturalidade.

O Professor de Matemática alto, magro e de longas barbas, que acompanhou várias gerações de alunos na Escola Secundária de Santa Maria, dificilmente será esquecido por todos os que privaram com ele.

Como amigo, colega e companheiro de lutas e ideais, o Pedro ficará para sempre na nossa memória como alguém que viveu intensamente cada dia da sua vida.

Até sempre, Pedro.

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Para um amigo tenho sempre um relógio

esquecido em qualquer fundo de algibeira.

Mas esse relógio não marca o tempo inútil.

São restos de tabaco e de ternura rápida.

É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.

É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

 

António Ramos Rosa

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Helena Almeida

Classificado em: Homenagens, Secundário